De acordo com o titular da 105ªDP (Petrópolis), delegado Alexandre Ziehe, os irmãos eram moradores da localidade conhecida como Servidão, que fica a cerca de 15 minutos do casarão. Eles chegaram ao local através de uma trilha e entrado pelos fundos da casa. O proprietário - que não teve o nome revelado - estava no imóvel mas não teria percebido a invasão.
De acordo com Alexandre Ziehe, o outro irmão das crianças, Thiago Henrique da Silva Alexandre, de 12 anos, não entrou na piscina ao ver o acidente com o trio. Porém, ao invés de chamar pelos proprietários da casa, voltou pela trilha e chamou sua outra irmã. Logo após é que os bombeiros foram acionados.
Os pais das crianças, segundo o delegado, não estavam em casa no momento da tragédia. A mãe trabalha como diarista e o pai, que é pedreiro, alegou que estava trabalhando numa obra. Eles têm mais três filhos além de Miguel, Raíssa e Matheus. Os donos do imóvel, um casal de idosos, já estavam recolhidos quando as crianças entraram na residência. Ziehe destacou que havia uma grade de quase 1,5m protegendo o espaço.
"Eles (proprietários) ficaram muito tristes. O que era pra ser um lazer (a piscina) acabou matando três crianças", diz o delegado.
A empregada de uma casa vizinha disse a polícia que os irmãos já haviam entrado na caixa d'água de outro imóvel há alguns dias. Segundo o delegado, um inquérito será aberto para apurar as responsabilidades. A principal linha de investigação, no entanto, aponta para uma fatalidade. Uma medição da Defesa Civil de Petrópolis constatou que a piscina do casarão tem entre 1,10 e 2,45 metros de profundidade. A Polícia Civil realizou uma perícia no local.