Por marcello.victor
Rio - Os irmãos Miguel, Raíssa e Matheus Henrique da Silva, de 5, 6 e 11 anos, respectivamente, morreram afogados na piscina de um casarão no bairro de Castelanea, área nobre da cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, no início da noite desta terça-feira. De acordo com as investigações, os menores teriam invadido o imóvel pulando o muro dos fundos. A polícia acredita em fatalidade.

De acordo com o titular da 105ªDP (Petrópolis), delegado Alexandre Ziehe, os irmãos eram moradores da localidade conhecida como Servidão, que fica a cerca de 15 minutos do casarão. Eles chegaram ao local através de uma trilha e entrado pelos fundos da casa. O proprietário - que não teve o nome revelado - estava no imóvel mas não teria percebido a invasão.

A morte por afogamento dos irmãos Miguel%2C Raíssa e Matheus%2C após invadirem a piscina de um casarão%2C chocou os moradores de Castelanea%2C em PetrópolisFrancisco Xavier / Tribuna de Petrópolis

De acordo com Alexandre Ziehe, o outro irmão das crianças, Thiago Henrique da Silva Alexandre, de 12 anos, não entrou na piscina ao ver o acidente com o trio. Porém, ao invés de chamar pelos proprietários da casa, voltou pela trilha e chamou sua outra irmã. Logo após é que os bombeiros foram acionados.

"Eram crianças pequenas, tinham estaturas muito baixas e a piscina é profunda. A tragédia poderia ter sido pior se o quarto irmão estivesse entrado na piscina também", disse o delegado, para a CBN.

Os pais das crianças, segundo o delegado, não estavam em casa no momento da tragédia. A mãe trabalha como diarista e o pai, que é pedreiro, alegou que estava trabalhando numa obra. Eles têm mais três filhos além de Miguel, Raíssa e Matheus. Os donos do imóvel, um casal de idosos, já estavam recolhidos quando as crianças entraram na residência. Ziehe destacou que havia uma grade de quase 1,5m protegendo o espaço.

"Eles (proprietários) ficaram muito tristes. O que era pra ser um lazer (a piscina) acabou matando três crianças", diz o delegado.

Segundo a Defesa Civil de Petrópolis%2C a piscina do casarão aonde os irmãos morreram afogados tem entre 1%2C10 e 2%2C45 metros de profundidadeDivulgação

A empregada de uma casa vizinha disse a polícia que os irmãos já haviam entrado na caixa d'água de outro imóvel há alguns dias. Segundo o delegado, um inquérito será aberto para apurar as responsabilidades. A principal linha de investigação, no entanto, aponta para uma fatalidade. Uma medição da Defesa Civil de Petrópolis constatou que a piscina do casarão tem entre 1,10 e 2,45 metros de profundidade. A Polícia Civil realizou uma perícia no local.

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Os corpos dos irmãos estão no Instituto Médico Legal de Corrêas. Ainda não há informações sobre o local do velório e do enterro dos irmãos.