Rio - Pelo sexto dia consecutivo, diversas ruas do Rio seguem ocupadas por lixo por conta da greve de garis da Comlurb. Na tarde desta quarta-feira, uma audiência entre o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio e a empresa no Tribunal Regional do Trabalho pode dar fim a paralisação dos funcionários.
A equipe do DIA precorreu as ruas da Zona Sul e encontrou lixo acumulado em muitas ruas da região. O bairro mais prejudicado foi Copacabana, que de uma ponta a outra, que tinha sacos de lixo reunidos em cada poste. No Flamengo, também havia grande concentração de lixo, principalmente próximo da esquina das ruas Conde de Baependi com Martins Ribeiro, onde foram registradas montanhas de lixo em sacos plásticos pretos. Porém, há reclamações que moradores de rua estão rasgando os sacos de lixo, o que faz o subir cheiro ruim. Em Botafogo, também foram encontrados concentrações de lixo, mais em poucos números.
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Nesta terça-feira, houve mais manifestações pelo reajuste de 40% do salário e pela fixação do valor do vale-refeição em R$ 27. O vice-presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, Antônio Carlos disse que está aberto a negociação. “Nós queremos o aumento e mais o índice de inflação, porém não é algo fixo, podemos conversar”.
Há ainda uma comissão dissidente, que também participa da negociação. Bruno Coelho de Lima, um dos integrantes desse grupo, acusa a Comlurb de não respeitar o direito de greve da categoria e até de contratar menores para a coleta. Questionada sobre a denúncia, a empresa não se manifestou.