Por nicolas.satriano

Rio - Autoridades americanas confirmaram nesta quarta-feira que é da professora de inglês Najla da Cunha Salém, de 42 anos, o corpo encontrado na semana passada no deserto do Texas. O comunicado foi feito à família, que vai decidir nesta quinta-feira se os restos mortais serão enterrados em Barra Mansa, sua terra natal, no Sul Fluminense, ou se eles serão cremados nos Estados Unidos.

Najla desapareceu no dia 1º de fevereiro, quando tentava chegar atravessar a fronteira entre o México e os EUA de forma clandestina.

Najla da Cunha Salem pretendia recomeçar a vida com o filho nos EUAMaíra Coelho / Agência O Dia

O corpo foi achado pela polícia americana numa floresta, próximo à pequena cidade de Encinal, e reconhecido por meio de radiografias da arcada dentária da professora, enviada na semana passada por parentes. “Estamos todos chocados. A mãe de Najla (Gilda, 62) e o filho dela (Felipe, 13), estão inconsoláveis”, disse Rosângela Freitas, 43, amiga da família.

O tio de Najla, Luiz Antônio da Cunha, 60, revelou que a sobrinha parecia ter premeditado que alguma coisa iria dar errado. “Ela pediu às vésperas de viajar que eu cuidasse do filho, caso não voltasse”, comentou Luiz Antônio.

Najla pagou, ainda no Brasil, mais de R$ 57 mil a um agenciador de coiotes (guias de imigrantes ilegais) e viajado para o México em novembro. Ela teria morrido de cansaço e frio, e seu corpo, abandonado pelos coiotes.

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