Por felipe.martins

Rio - Os 14 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que podem estar envolvidos no desaparecimento do corpo do auxiliar de pedreiro Amarildo de Souza, foram afastados de suas funções. Eles serão ouvidos no novo Inquérito Policial Militar aberto pela corporação para apurar as condições em que as quatro caminhonetes da tropa chegaram à Rocinha em 14 de julho de 2013.

Pedreiro Amarildo sumiu em julho de 2013%3A corpo nunca apareceuReprodução

Nesta terça-feira, a promotora Carmen Eliza de Bastos Carvalho questionou outro fato relacionado ao episódio: a liberação dos PMs da UPP na noite em que o pedreiro foi morto. A possibilidade de ataque, argumentada pela PM, fez com que o Bope fosse acionado.

“A informação oficial é a de que o Bope havia sido chamado porque havia uma iminência de ataque. Também verificamos que policiais nessa circunstância de ameaça haviam sido dispensados às 22h. Então me parece ser contraditório: se tem uma ameaça à sede da UPP e os policiais militares a trabalho são dispensados. Por outro lado, o Bope é acionado por volta das 22h e chega na Rocinha meia-noite. Levou duas horas para o Bope chegar no local onde está tendo ameaça de ataque? São circunstâncias que merecem ser investigadas”, ressaltou a promotora.

A possibilidade de envolvimento dos PMs no desaparecimento também dará início a novo inquérito do Ministério Público, pela 15ª Promotoria de Investigação Penal. A promotora disse que, na análise das imagens de câmeras, foi constatado um volume em uma das caminhonetes do Bope que estiveram no local.

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