Rio - O Ministério Público do Rio localizou cinco contas na Suíça em que o ex-secretário de Assistência Social da prefeitura do Rio Rodrigo Bethlem aparece como controlador. As informações são da revista ‘Época’ dessa semana, que informa ainda que, entre 2011 e 2014, passaram por lá R$ 2,1 milhões.
A investigação mostra, segundo a publicação, que apesar de Bethlem ser controlador, em uma das contas o titular é o presidente da Câmara Municipal, Jorge Felippe, ex-sogro de Bethlem. O MP passou a investigar o caso em 2014 após a revista publicar denúncias de Vanessa Felippe, ex-mulher de Bethlem. Ela o acusou de receber propina de ONGs que prestavam serviços para a SMDS quando ele foi o titular da pasta. Uma delas é a Casa Espírita Tesloo que cuidava do tratamento para menores dependentes de crack.
Na ocasião, também veio à tona uma possível conta de Bethlem na Suíça. A reportagem mostrou parte de uma mensagem no celular com dados de uma conta numerada na agência do Banco Vontobel. Bethlem negou, naquela ocasião, a existência das contas e disse que a ex-mulher tinha problemas mentais. Antes disso, a publicação também mostrou que o deputado pode ter usado caixa 2 para receber dinheiro em suas campanhas de empresas que são concessionárias públicas, o que é vedado por lei.
O prefeito Eduardo Paes anunciou auditoria que concluiu que a Tesloo teria de devolver à prefeitura R$ 4 milhões. No entanto, não foi constatado na auditoria que Bethlem recebeu propina.
Procurado, Jorge Felippe negou a existência de contas ou repasses no exterior e disse que não teve acesso ao inteiro teor da investigação do MP. Bethlem não retornou os contatos da reportagem.