Por fernanda.macedo

Rio - Bancários de instituições públicas e privadas de todo o país iniciaram nesta terça-feira greve por tempo indeterminado. Os funcionários pedem reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), entre outras reivindicações.

LEIA MAIS: Bancos preveem aumento de até 81% em supersalários de diretores

Agências bancárias em vários estados do país amanheceram cobertas de cartazes informando a greve da categoria. No Rio, segundo a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), a paralisação vai atingir agências em todas as regiões do estado fluminense.

O Sindicato dos Bancários do município também comunicou adesão à greve em seu site e redes sociais, e informou que haverá nesta terça-feira uma assembleia na sede do órgão para "avaliação, organização e fortalecimento do movimento."

Funcionários pedem reajuste salarial de 16%, entre outras reivindicaçõesAgência Brasil

A paralisação foi decidida depois mais de 40 dias de negociações entre representantes dos trabalhadores e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A Fenaban ofereceu 5,5% de reajuste para os salários e vales. A proposta inclui abono de R$ 2,5 mil, não incorporado ao salário.

“Esse aumento proposto pelos bancos é inimaginável. Reividicamos também garantia de emprego, melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas que adoecem os bancários, e igualdade de oportunidades”, disse o presidente da  Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Roberto von der Osten.

Os bancários também pedem participação no lucros equivalente a três salários mais R$ 7.246,82. Em nota, a Fenaban informou que continua aberta às negociações e que a proposta apresentada às lideranças sindicais prevê a participação nos lucros dos bancos, de acordo com uma fórmula que, aplicada, por exemplo, ao piso de um caixa bancário, de R$ 2.560,00, pode garantir até o equivalente a quatro salários.

Quanto à participação nos lucros, a entidade propõe a distribuição de 5% a 15% do lucro líquido aos bancários, como regra básica, além da parcela adicional que distribui mais 2,2% do lucro de cada instituição.

Com informações da Agência Brasil

Você pode gostar