Por nicolas.satriano

Rio - A informação de que o governo federal estaria negociando um acordo com Eduardo Cunha (PMDB) para impedir a cassação de seu mandato gerou revolta em boa parte dos deputados federais do PT.

Os mais indignados são os parlamentares ligados a correntes petistas minoritárias como Democracia Socialista, Mensagem e Movimento PT.

Nesta quinta-feira, eles diziam ser impossível um conchavo com o presidente da Câmara dos Deputados: repetiam, como mantra, o desmentido do presidente do partido, Rui Falcão.

‘Alma ao diabo’
O grupo é formado pelos cerca de 30 deputados federais que em junho, no congresso do PT em Salvador, propuseram mudanças radicais no partido — as sugestões foram derrotadas. Fundador da Mensagem, o ex-ministro Tarso Genro disse ontem, em manifesto, que fazer o acordo seria o mesmo que “entregar a alma ao diabo”.

Representação
Dos 62 deputados federais petistas, 32 assinaram a representação contra Eduardo Cunha entregue ao Conselho de Ética da Câmara. Poucos integrantes da CNB, a principal corrente petista, subscreveram a proposta.

Interrupção
O Consórcio Social Travessia, que beneficiava escolas de dez cidades do interior do estado foi interrompido. Patrocinadora do projeto, a Odebrecht diz que a suspensão se deu a pedido do executor dos trabalhos, o AfroReggae.

Nota vermelha
O economista Mauro Osório, da UFRJ, destaca um dado assustador no Índice de Oportunidades da Educação Brasileira, que avaliou 1.620 municípios da Região Sudeste: 16 cidades do Rio de Janeiro aparecem entre as 20 últimas do raking. O melhor município fluminense aparece num modestíssimo 500º lugar.

Você pode gostar