Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Presa preventivamente na noite desta quinta-feira como suspeita de ser a mandante do crime contra o seu namorado, o empresário Felipe Lavina, Elen Cury mantinha em seu perfil no Facebook fotos com os dois juntos. Ontem, uma foto postada três dias antes do crime e que mostrava um casal feliz foi alvo de acusações. 

"Destruiu os sonhos do meu sobrinho sua cachorra", disse uma mulher que se identifica como tia de Felipe. A foto reflete a reviravolta que o caso teve com a prisão de Elen: Mensagens parabenizando o casal feliz, seguidas de mensagens de luto e, desde ontem, críticas à suspeita. No enterro do empresário, Elen, que parecia estar aos prantos, ficou o tempo todo ao lado do caixão do empresário e se limitou nas palavras, que foram expressas apenas para dizer que o amava muito.

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Elen mantinha foto de capa no Facebook em que aparece ao lado de Felipe Lavina%3A mensagens refletem reviravolta no casoReprodução Facebook

"Nossa, como ela pode fazer isso depois de toda moral amor carinho que ele dava pra ela acabou com sonhos projetos dele que isso revoltado", desabafou um amigo do dono de academias e professor de educação física.

Quatro dias antes do crime, Felipe Lavina também postou uma foto dos dois em sua capa na rede social. Na image, Elen se declarou. "Que lugar maravilhoso! Assim como todos os dias ao seu lado... Que viver momentos assim nunca deixem de fazer parte da nossa rotina! Te amo", escreveu, seguida da mensagem de Felipe. "O lugar mais lindo com a mais linda S2 !!!".

Suspeita estaria de olho em herança

As primeiras investigações da Polícia Civil apontavam para um crime de latrocínio. Três suspeitos foram presos. Mas, pelo menos um deles teria confirmado que partiu de Elen a ordem para a morte de Lavina e, com mais provas colhidas pela investigação da DHBF, a Justiça expediu mandado de prisão contra ela.
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De acordo com as informações de agentes da especializada, Elen tinha a intenção de, com o assassinato, ficar com a herança do empresário, depois de conseguir comprovar na Justiça a união estável. A ordem para o homicídio teria sido dada porque o relacionamento entre os dois estaria em crise e ela termia perder os benefícios que a boa condição financeira do dono da academia proporcionava a ela. Elen teria conhecimento que o empresário costumava guardar em casa pelo menos R$ 100 mil.  Se condenada, ela pode pegar até 30 anos de prisão.
Relembre o caso
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No dia do crime, Felipe Lavina Machado foi rendido em casa, no bairro Therezinha, por três criminosos armados, e levado em seu próprio carro com a namorada até o bairro K11, em Nova Iguaçu, onde foi executado com um disparo na cabeça. A mulher foi liberada no caminho pelos suspeitos.
Felipe, que era sócio da Mega Physical, estava apenas de cueca. O dinheiro e o carro dele foram levados pelo trio, mas ainda no domingo os PMs do 20º BPM (Mesquita) localizaram o Fiat Punto da vítima. 
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De acordo com as investigações, os bandidos conheciam a rotina de Felipe, já que ao chegar na residência foram direto para o quarto perguntando onde estava o cofre. Os criminosos levaram R$ 10 mil que seria para o pagamento dos funcionários da vítima. Além disso, dois estavam encapuzados e mudavam o tom de voz para não serem reconhecidos.