Por felipe.martins, felipe.martins

Rio -  O Chefe do Estado Maior da PM, coronel Robson Silva, defendeu, nesta quinta-feira, o fim da proibição e a regulação da venda de drogas no país. Ele participou de audiência na CPI dos Autos de Resistência na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e fez um duro diagnóstico sobre a situação da segurança pública no país. Para Robson Silva, "do jeito que está, nós estamos fazendo água".

O coronel Robson Silva (à esquerda) participou de audiência na Alerj ao lado do comandante-geral da Polícia Militar%2C Alberto Pinheiro NetoDivulgação / Alerj

"A gente está vendo na prática das UPPs que há um custo muito grande nas prisões dos usuário de drogas. Temos que prender porque está na lei. Rever o proibicionismo é estar alinhado com o que há de mais de vanguarda. É encarar de uma forma inteligente. Regular o mercado pelo estado, porque se ficar com essa legislação atual, nós vamos ficar enxugando gelo. Do jeito que está, nós estamos fazendo água", disse o coronel.

Para ele, a mudança da legislação, permitiria que a polícia focasse em um trabalho de investigação para prender os maiores chefes do tráfico "(A legislação atual) É uma legislação que não traz objetivamente a definição de quem é usuário e quem é traficante. Fica na subjetividade da autoridade policial decidir quem é quem. Nós estamos prendendo muito, mas prendendo quem é usuário,  é isso o que tem mais tem impactado na atuação dos policiais de UPP. Nós deixamos de focar no grande tráfico de drogas. É um problema de ineficiência do sistema, não apenas da PM", definiu.
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Depósitos de armas serão obrigados a ter câmeras
A Alerj aprovou nesta quinta-feira o projeto de lei 3.242/14, que obriga a instalação de sistemas de monitoramento por câmeras em todos os depósitos de armas e munições das polícias, corpo de bombeiros e de agentes penitenciários do Estado. O projeto, de autoria do deputado Zaqueu Teixeira (PT), determina que os ambientes sejam gravados 24 horas por dia, por câmeras de alta definição equipadas com sensor de visão noturna.

O projeto recebeu uma emenda em plenário, que estende o prazo para arquivamento das gravações - inicialmente de seis meses - para um ano. Segundo Zaqueu, o objetivo é permitir mais fiscalização e transparência para os setores envolvidos e para a sociedade. “Esse sistema vai permitir a inspeção no momento em que o agente pega e entrega a arma no depósito."

O texto segue para o governador Luiz Fernando Pezão, que tem 15 dias úteis para decidir pela sanção ou veto.

(Com informações da Alerj)
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