Por paulo.gomes
José Hildo da Silva Marques trabalhava desde fevereiro do ano passado no gabinete do presidente da Alerj%2C Jorge Picciani (PMDB)Reprodução
Rio - Um homem foi assassinado dentro de casa no final da tarde de terça-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. José Hildo da Silva Marques estava com a esposa, a enteada e o filho dela, quando, por volta das 17h30, quatro homens com a camisa da Polícia Civil chegaram ao local perguntando sobre um determinado dinheiro. A vítima, que trabalhava desde fevereiro do ano passado no gabinete do deputado estadual Jorge Picciani (PMDB), foi levada para fora da residência e foi executada.
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Os criminosos deixaram o local levando uma motocicleta e um pássaro da espécie trinca-ferro. José Hildo iria completar 47 anos na quinta-feira. "Ele estava no quintal da casa recolhendo as gaiolas dos dois passarinhos trinca-ferro. Cada um desses é avaliado em 3 a 4 mil reais. Levaram a moto e o dinheiro que estava no bolso", diz o eletricista Jadir da Silva Marques, 49 anos, irmão da vítima.
Jadir disse acreditar que o assassinato de José Hildo, que tinha dois filhos de outro casamento, não teve motivação política. "Todo mundo sabe que ali é área de milícia. Porém, descartamos que tenha sido atentado político. Acreditamos em latrocínio. É mais um caso que vai ficar impune", afirma.
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Uma testemunha que não quis se identificar, relatou como foi a ação dos criminosos. "Vi dois homens abordando ele no quintal, no momento em que ele estava recolhendo os passarinhos. Eles estavam com a camisa da Polícia Civil e chegaram dizendo: 'perdeu, perdeu. Não corre e abaixa a cabeça e não olha pra mim'. Ele correu para dentro da casa e foi pego pelos criminosos. Trancaram a família na casa, onde houve muitos gritos. De repente levaram ele para fora da residencia, colocaram ele de joelhos e deram alguns disparos na cabeça", lembra.
Testemunhas disseram que José Hildo foi assassinado no quintal de sua casa%2C em Nova IguaçuSeverino Silva / Agência O Dia

Outra testemunha afirmou que José Hildo era uma pessoa pacata. "Escutamos muitos tiros. Ele era pacato, porém alegre e falava com todo mundo. Nunca vimos nada de errado", diz.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Os agentes realizaram a perícia no local e o corpo de José Hildo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu. A esposa da vítima foi ouvida e outros familiares também prestarão depoimento.

O titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Giniton Lages, afirmou que nenhuma linha de investigação está descartada. “Apesar de o local ter sido parcialmente desfeito, realizamos a perícia técnica e várias diligências de investigação preliminar, como oitivas de testemunhas e coleta de imagens de segurança. No local não havia câmeras, mas buscamos as rotas de chegada e fuga dos autores”, afirmou o delegado.

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