Corpo de modelo que morreu depois de procedimento estético é enterrado
O velório em São Gonçalo havia sido interrompido por determinação judicial na noite desta terça-feira
Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Foi enterrado na tarde desta quarta-feira, em São Gonçalo, o corpo da modelo Raquel Santos, que acabou morrendo depois de passar por um procedimento estético. O velório no Cemitério Parque da Paz havia sido interrompido por determinação judicial na noite desta terça-feira.
O cirurgião plástico Wagner Moraes, que realizou o procedimento estético conhecido como bigode chinês no rosto de Raquel liberou o corpo usando na documentação um carimbo do Hospital Municipal Carlos Tortelly, de Niterói, mas ela foi socorrida em outra unidade, no Hospital Icaraí.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) vai abrir uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte da modelo Raquel Santos, 28 anos, que faleceu após submeter-se a uma cirurgia estética no rosto, conhecida como "bigode chinês", na Clínica de Cirurgia Plástica Wagner Moraes, em São Francisco, Zona Sul de Niterói, na segunda-feira.
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De acordo com o Cremerj, o médico Wagner Moraes, que fez a operação, não tem título de especialista nesse tipo de cirugia registrado na entidade. O órgão, contudo, reconhece que os médicos registrados inscritos não são obrigados a informar sua especialidade.
A Polícia Civil informou que a 79ª DP (Jurujuba), assumiu as investigação, que estão estão em andamento, para apurar as circunstâncias do fato. Ainda de acordo com a polícia, testemunhas estão sendo ouvidas. o cirurgião Wagner Moraes e funcionários da clínica serão intimados para depor. A unidade aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber o motivo da morte da jovem.
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Em um comunicado divulgado pelo órgão, “os médicos devem ter o bom senso de realizar apenas os procedimentos dos quais tenham conhecimento e capacidade profissional, ou seja, um médico pode realizar qualquer procedimento desde que assuma a responsabilidade e se considere apto para tal”, informação que está contida nos artigos II e V do capítulo 1 do Código de Ética Médica.
Segundo artigo II, “o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional". Já o item V afirma que “compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente”.