Filho de acusada de matar menina mostra casa onde ela morreu
Wellington Souza da Silva mostra local onde ela dormia e conta o que percebeu quando chegou na residência
Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Wellington Souza da Silva, filho da acusada de matar Micaela, de 4 anos, e a pessoa que chamou a polícia ao perceber que ela estava morta no sofá em que achava que a menina dormia, abriu a casa onde tudo aconteceu, em Brás de Pina, na Zona Norte, e deu detalhes do que viu na madrugada e manhã de terça-feira. Joelma Souza da Silva, de 43 anos, e Felipe Ramos da Silva, de 30 anos, o pai da criança, tiveram a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira.
A reportagem do SBT Rio entrou no imóvel e mostrou com exclusividade a sala onde a menina estava morta, em um sofá, coberta como se estivesse dormindo. "Ao chegar eu não percebi, ela estava deitada com isso aqui, o travesseirinho dela ali, coberta só com a cabeça para fora, como ela dorme sempe", disse ele, que dorme no chão da sala.
O chaveiro também estranhou o comportamento da mãe, que ainda estava acordada quando ele chegou, por volta das 2h, e perguntou se ele queria jantar. "Falei 'não, não quero não'. Nisso ela entrou no banheiro mais uma vez, apagou a luz, veio aqui, olhou a Micaela aqui em pé, cobriu, entrou para dentro do quarto e desligou a televisão."
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Ele disse que só se deu conta que ela estava morta quando acordou por volta das 9h10 e o pai estava desesperado. "Eu soube da boca dele (pai da menina). Eu estava deitado às 9h10 neste chão aqui". Segundo ele, o casal se mostrou desesperado ao 'perceber' que a menina estava morta. "Acordei no susto e perguntei 'o que vocês fizeram?'. 'A gente não fez nada'", disseram, segundo Wellington.
De acordo com o filho da suspeita pela morte de Micaela, foi então que ele decidiu chamar a polícia. "Já desconfiava que ela tinha feito alguma coisa, porque não precisava ser policial pra ver as lesões no pescoço, na perna", contou. "Quando ela disse que não tinha feito nada eu disse: 'Quem não deve não teme'".
Ele mostrou também marcas de sangue na parede e no tapete do quarto e indícios que, segundo a perícia, demonstram que alguém tentou limpá-lo. Segundo Wellington, um lençol cheio de sangue também tinha sido escondido, mas foi encontrado pelos peritos da Polícia Civil. O travesseiro que a criança usava para dormir também tinha manchas de sangue. "Sentimento de vergonha. Não vergonha de mim, mas do que ela fez", revelou o jovem.