Fachada do edifício-sede da CedaeTomaz Silva/Agência Brasil

Um projeto inovador, que rendeu um prêmio internacional a um jovem de 17 anos será desenvolvido na Estação de Tratamento do Guandu, que fica em Nova Iguaçu. O estudante Gabriel Fernandes Mello Ferreira foi o primeiro brasileiro a vencer o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, na categoria de votação popular, com a criação de filtro que retira microplásticos da água no processo de tratamento.
O projeto inovador será executado no próximo ano na Estação de Nova Iguaçu com o apoio do futuro Centro de Inovação Socioambiental da Cedae, que será inaugurado em fevereiro. A notícia foi dada pelo presidente da companhia, Leonardo Soares, e pelo diretor de Saneamento e Grande Operação, Daniel Okumura, que receberam Gabriel na sede do órgão.
O presidente, inclusive, colocou a estrutura da companhia à disposição do jovem cientista para efetivamente instalar o filtro na estação de tratamento de água de grande porte a fim de aprimorar sua pesquisa.
“Estamos interessados em apoiar Gabriel neste projeto que é muito legal e combina com a agenda ESG (social, ambiental e governança) que estamos implementando. Estamos focados em segurança e qualidade hídrica”, disse Leonardo Soares.
Da sede da Cedae, na região central do Rio, Gabriel, acompanhado do pai, Cloves Ferreira, seguiu para a ETA Guandu, em Nova Iguaçu, para visita técnica na maior estação do mundo em produção contínua de água. Atualmente morando na cidade de Itajaí (SC), o estudante é natural de Niterói (RJ). Segundo ele, participar de projeto em seu estado natal é motivo de orgulho.
“Eu cresci com a água da Cedae e estou muito feliz em colaborar. Para mim é muito significativo instalar o filtro no estado em que nasci. Estou propondo uma solução que vai mandar água melhor para toda a população. Por isso quis tratar o microplástico em uma estação de tratamento. Eu me sinto fazendo um pouquinho para tornar o mundo melhor. Depois de ver toda essa estrutura, minha cabeça está com várias ideias”, afirmou.
A equipe que está à frente da ETA Guandu dará suporte para que Gabriel dimensione o equipamento da unidade. O diretor Daniel Okumura explicou que a Cedae poderá produzir o filtro no Rio de Janeiro, sob a supervisão do estudante e de seu pai, que tem acompanhado o jovem em todos os projetos.
“Gabriel será o nosso primeiro apoio no projeto de inovação. Ele terá todo o suporte técnico e operacional para ampliar a pesquisa que já começou bem-sucedida”.