Câmara de Nova Iguaçu discutiu soluções para problema da intolerância religiosaDivulgação

A Comissão de Assuntos Religiosos da Câmara Municipal de Nova Iguaçu realizou audiência pública para discutir a intolerância religiosa no município da Baixada Fluminense. Foram reunidas para o evento representantes de diversas correntes para debater um problema que é responsável por destruições e ameaças, principalmente em terreiros de candomblé e umbanda.
Segundo o presidente da Comissão, vereador Claudio Haja Luz, que também é pastor evangélico, a intolerância vem deixando marcas e transformado a vida de muitas pessoas, que são obrigadas a sair de seus locais de moradia.
“É preciso que estas agressões parem. Cada pessoa, de acordo com a sua crença, tem o direito de professar a sua fé. Não queremos que aconteçam mais invasões de templos, casas de matriz africana, igrejas. Vivemos num país democrático. É preciso haver respeito. Isto tem que acabar”, afirmou.
O presidente da CMNI e vice-presidente da Comissão de Assuntos Religiosos, vereador Dudu Reina, disse que é preciso a implantação, no ensino de base, onde a criança começa a sua formação, a discussão deste tema.
“Ensinar o que é certo e o que está errado. Ensinar a respeitar todas as pessoas com suas escolhas. Ensinar a respeitar as diferenças”, afirmou.
Para o coordenador geral do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Intolerância Religiosa (Navir/NI), Robson Oliveira, babalorixá, “o encontro de hoje significa muito em nossa luta. Conseguimos unir forças e traçar linhas de ações, que são muitas. Mas já demos o primeiro passo”.
O secretário municipal do Programa de Segurança, que se coloca como um elo entre a Prefeitura e os órgãos de segurança do Estado, major Fernando Bastos, disse que a cidade está fazendo um mapeamento dos locais onde têm havido os ataques.
“Nossa Secretaria funciona na Rua Itacuruça, 137, atrás da Prefeitura. Qualquer notificação pode ser feita ali. Indicaremos as instruções que devem ser seguidas”, avisou.