Xandinho está integrando campanha do Comitê Guandu contra as queimadasDivulgação
Personagem iguaçuano, 'Menino que Planta' participa de campanha do Comitê Guandu
Jovem toma parte em ação contra queimadas que atingem a região da baixada Fluminense
Nova Iguaçu - Plantando árvores desde que tinha quatro anos de idade, o morador de Nova Iguaçu, Alexandre Bensabat Filho, o Xandinho, conhecido como o “Menino que planta”, hoje com 10 anos, é o mais novo Fiscal das Queimadas da campanha realizada pelo Comitê Guandu-RJ contra os incêndios florestais.
Com um histórico de mais de três mil árvores plantadas, ele já sabe que o trabalho de preservação é tão importante quanto o de reflorestamento e, por isso, abraçou a iniciativa do Colegiado, que abrange não só a terra natal do menino, mas também os outros 14 municípios da Região Hidrográfica II (RH II). Ele convocou a todos para abraçarem e denunciar os incêndios florestais.
“Peço que você ao ver uma queimada, avise outras pessoas. Mande para os Bombeiros e fiscalize. Inclusive, aqui é Nova Iguaçu, a minha cidade, e já tem fogo todos os anos. Eu passo pela mesma dificuldade que todos vocês, mas eu não abaixo minha cabeça e continuo persistindo”, alertou Xandinho.
O menino virou um multiplicador do plantio de árvores, incentivando várias outras pessoas a colocar a mão na terra, além de ter se tornado também um digital influencer da natureza. Só em uma das suas redes sociais, o menino conta com cerca de 10 mil seguidores.
Participações como a de Xandinho são vistas pelo Comitê Guandu-RJ como de extrema importância, ainda mais diante dos números de incêndios em vegetações que não param de crescer no estado do Rio de Janeiro este ano. As ocorrências do tipo atendidas pelo Corpo de Bombeiros já são quase 8 mil neste ano, enquanto no mesmo período de 2023 ficou em 3 mil.
“Mais do que dobraram os incêndios florestais. E a maioria dessas ocorrências acontece entre os meses de abril e outubro, período típico da estiagem aqui no estado do RJ. O balão, sem dúvida, é uma das causas mais comuns. Associado à baixa umidade do ar e à falta de regime de chuvas, facilmente pode destruir os ecossistemas. Outras causas comuns são as guimbas de cigarro em locais inapropriados, a queima de lixo indiscriminada, a soltura de fogos de artifício e a construção de fogueiras em áreas próximas de matas e de florestas”, afirmou o porta-voz do CBMRJ, major Fábio Contreras, em um vídeo gravado para a Campanha.
Todos os anos, durante o período mais crítico para a ocorrência de incêndios em vegetação, diante da combinação de tempo seco do inverno e atitudes irreparáveis do ser humano nos festivos juninos, o Comitê Guandu realiza a campanha com a divulgação de vídeos nas suas redes sociais que trazem alertas. Em 2023, os vídeos tiveram mais de 260 mil visualizações, enquanto neste ano, em menos de dois meses de campanha, as publicações já foram assistidas mais de 115 mil vezes.
São alertas como o que foi dado também no vídeo do major e porta-voz dos Bombeiros. “Se você mora em locais próximos à vegetação e observou que o fogo está se aproximando da sua casa, o ideal é sair da residência o mais rápido possível e acionar o 193, para que o Corpo de Bombeiros possa o quanto antes atender à sua ocorrência. Os incêndios florestais causam sérios problemas também para o meio ambiente. O solo fica mais pobre, perde a cobertura vegetal e fica mais vulnerável para futuros problemas com chuvas e deslizamentos de terra. A prevenção sempre será o melhor caminho. É dever de todos o cuidado com as nossas matas”, completou.
Além do 193, as pessoas podem denunciar as queimadas pelo Linha Verde, um programa do Disque Denúncia, cujos telefones são 0300 253 1177 (para o interior, a custo de ligação local), 2253 1177 (para a capital), ou por meio do aplicativo para celulares “Disque Denúncia RJ”.
A Campanha Fiscal das Queimadas 2024 tem parceria com a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A (NUCLEP), Embrapa Agrobiologia e prefeituras da Região Hidrográfica II.
As empresas e instituições que se tornam parceiras da campanha recebem o selo “Eu sou fiscal das queimadas”, e, o mais importante, ajudam a colocar em prática condutas de preservação para evitar incêndios, alertando os seus colaboradores e a sociedade de forma geral para os cuidados neste período seco.
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