Cria da Baixada Fluminense, Dudu do Morro Agudo realizará evento neste fim de semanaDivulgação
Rapper e pesquisador Dudu de Morro Agudo lança videoclipe e documentário
Evento promete ser uma noite de festa neste sábado , em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense
Nova Iguaçu - O rapper e pesquisador Dudu de Morro Agudo lança, neste fim de semana, o seu mais novo videoclipe “Reflexões que Ainda Me Tiraram o Sono”. O evento será realizado a partir das 18 horas, no Quilombo Enraizados, sede do Instituto Enraizados, em Morro Agudo/Nova Iguaçu-RJ.
A música foi composta como parte de seu doutorado em educação na UFF, e vai além do hip hop tradicional. Inspirada nos princípios do psicólogo russo Lev Vygotsky, a partir da aula Psicologia da Arte, ministrada pela professora Zoia Prestes, a canção trata do racismo estrutural na sociedade brasileira de maneira profunda e pedagógica.
A direção geral é assinada pela Hulle Brasil, com a direção de fotografia de Higor Cabral e montagem/ edição de Josy Antunes - ambos, também, crias da Baixada. O fato inusitado fica por conta da legenda que, além de português e inglês, no clipe também ganha uma versão em russo.
Na ocasião, outro lançamento também acontece para abrilhantar ainda mais a noite: o documentário “Mães do Hip Hop – 15 Anos Depois”. “Mães do Hip Hop”, um curta-metragem lançado pela primeira vez em 2010, dirigido por Dudu de Morro Agudo e Janaína Oliveira, também conhecida como "Refém", narra a trajetória de cinco MCs: Dudu de Morro Agudo, Kall, Átomo Pseudopoeta, Léo da XIII e Lisa Castro.
Embora o foco inicial fosse o envolvimento desses rappers com o hip hop, o documentário se aprofunda em um aspecto central: a visão das mães sobre a criação de filhos que se dedicam à cultura hip hop.
Sobre o artista
Flávio Eduardo da Silva Assis, mais conhecido como Dudu de Morro Agudo, é uma figura influente na intersecção entre hip hop, educação e empreendedorismo social. Nascido e criado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, aos 45 anos, Dudu é rapper, educador popular, documentarista e pesquisador. Sua trajetória de mais de 30 anos no hip hop o levou a se destacar não apenas como um artista, mas também como um intelectual engajado e um empreendedor dedicado à transformação com impacto social.
O artista também é fundador e diretor do Instituto Enraizados, uma organização que atua como um espaço de desenvolvimento criativo e cultural para jovens das periferias urbanas desde 1999. O instituto oferece formação para jovens artistas, promovendo oficinas, shows, eventos culturais e atividades educativas, com o objetivo de empoderar e emancipar a juventude negra e periférica.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.