Por felipe.martins

Rio - Beiram o constrangedor as tentativas de contextualizar a crise política e a recessão de acordo com conveniências. Evoca-se com fervor religioso a palavra ‘golpe’, seja para denunciá-lo, no caso do desmoralizado e desfaçado governo, ou para rechaçar o termo, tese adotada pela açodada oposição.

Alguns brasileiros hoje comemoram o aniversário do início de um dos períodos mais sombrios do país; este, sim, um golpe — mas há quem ainda o chame de “revolução”. As animosidades não tendem a acalmar, mas, mesmo assim, pede-se que, sem juízo de valor às táticas de cada lado, olhe-se novamente para a história.

A instalação do golpe que ora completa 52 anos usurpou direitos básicos, calou liberdades e colecionou torturas, mortes e sumiços. É vivo o trauma daqueles 21 anos, de cujos atos hoje não adianta muito pedir desculpas. Fato é que emergiu uma nação que amadureceu suas instituições e valorizou prerrogativas. É essa evolução que deve ser defendida por todos que prezam a democracia.

Você pode gostar