Por felipe.martins

Rio - Não é preciso julgar o mérito da greve dos professores da rede estadual para reconhecer a força das ocupações das escolas por estudantes, em solidariedade aos docentes. Há pelo menos duas dúzias tomadas há semanas, sem que se tenha registrado qualquer incidente.

Muitos protestos ficaram manchados pelo vandalismo ou pelo transtorno imposto à população. No primeiro caso, destacam-se os atos de 2013, quando da quebra-quebra injustificada de equipamentos urbanos. No segundo, o equivocado locaute dos taxistas contra o Uber. Ações que atentam contra a categoria e sobretudo contra a legitimidade da causa.

Os estudantes, ao invés de depredar as unidades, cuidam delas, fazem escalas de serviço e pressionam, desse modo, as autoridades. O elogio deve ser estendido ao governo do estado, que respeita o movimento — ao contrário do que houve ano passado em São Paulo, cuja truculenta polícia não deu muito espaço para diálogo. Os jovens fluminenses, sim, dão aula de cidadania e respeito.

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