Rio - Em meio ao quadro de penúria que assola a UERJ, com salários dos servidores, professores e bolsas de alunos atrasados há vários meses, além da questão da limpeza e da segurança interna, a Universidade apresenta uma evidência de sua força, que viceja dos seus docentes e discentes, ao descortinar a sua produção no evento intitulado ‘Uerj sem muros’, credenciado com a solidez de uma vitoriosa trajetória de 27 edições, patenteando sua condição de arrojada mostra de qualidade, vigor e criatividade.
A Uerj resiste nesta gigantesca manifestação com milhares de trabalhos de seus professores descortinados em evento a ser defendido pelos alunos.
Neste cenário, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, uma das maiores instituições de ensino superior do país, dedica cinco dias do seu calendário para apresentar à sociedade a sua relevante produção em ensino, pesquisa, extensão e cultura.
São milhares de professores, alunos e colaboradores envolvidos nos ecos dos seus trabalhos em salas de aula e nos laboratórios, fora os debates, congressos, artigos, dissertações e teses, nos caminhos da formação de futuros professores, mestres e doutores.
As pesquisas dos alunos/bolsistas na ‘Uerj sem muros’ serão avaliadas por especialistas da própria Uerj e de outras universidades,revelando a força de sua produção nas mais diversas áreas de conhecimento.
No âmbito das ações extensionistas – uma das grandes pontes entre a UERJ e a sociedade –, diversos projetos despontam, com êxito, seja na esfera da Odontologia, da Comunicação ou no plano dos Roteiros Geográficos do Rio, traduzindo a cidade tal qual um livro a ser aberto, gratuitamente, em diferentes rotas a pé. No amplo horizonte da cultura, a Uerj disponibiliza cursos e simpósios para o desenvolvimento da tradição, da vanguarda, dos pulsares e da erudição.
A ‘Uerj sem muros’ transcende o nível de um acontecimento acadêmico. De 24 a 28 de abril, a universidade, como sempre e uma vez mais, estará franqueada para que a comunidade possa desfrutar, sem ônus, seus luminosos instrumentos, comprovando que, longe da cusação difamatória a UERJ não esteve em greve nos últimos meses.
A ‘Uerj sem Muros’ resiste e, a julgar por estes pareceres, vencerá.
João Baptista F. de Mello é professor de Geografia