Por karilayn.areias

Rio - Como passar pelo primeiro dia do Enem e não refletir sobre inclusão? Sempre é tempo de mudar e de estimular o pluralismo de ideias; isso pode acontecer dentro das escolas, nos projetos sociais e em todos os lugares, basta querer! Falar de diversidade é tocar numa questão sociocultural; me vem a inquietude diante da trajetória de pessoas com deficiência que se tornaram atletas e se reinventaram na sociedade da barbárie de modo a descortinar a relação que estabelecem com essa prática e como se inserem na sociedade.

O papel da importância do professor na perspectiva da comunicação acessível torna-a ferramenta capaz de contribuir para a reinvenção de uma nova sociedade e, como tal, impulsionar a Educação inclusiva, a educação para todos. A diversidade, hoje, constitui-se em tema central, pois muito se tem debatido sobre a diversidade social, cultural, de gênero, de capacidades, inclusive as comunicativas. Valorizar a diversidade entre as pessoas, principalmente no âmbito da Educação, é um grande sonho. Permitir a todos: ser gente, fugir da homogeneidade, dos estigmas e dos preconceitos.

Assim surgem projetos como o Detecção de Talentos Paraolímpicos, Literatura Acessível e o Pulsar, que buscam estimular e qualificar profissionais a pensar e a dialogar, pessoas com algum tipo de deficiência se reinventarem através da prática esportiva, e a transformação desse mundo hostil num mundo melhor através da ludicidade da literatura acessível. Esses projetos são desenvolvidos pelo Instituto Superar na perspectiva de combater as externalidades de exclusão social que são reproduzidas na sociedade pelos procedimentos perversos e elitistas, ainda existentes. Não se trata, portanto e apenas, de garantir vaga! Tem que colocar a mão na massa e engajar junto!

O desdobramento do tema proposto pós-prova do Enem foi um caos nas mídias sociais, foram unânimes os comentários dos alunos sem nenhum conhecimento sobre o assunto, o que me faz refletir sobre mais uma geração preconceituosa que vem por aí. Como se deficiência fosse feita para dar em árvore e não em humanos.

Pensar esses lugares de incapacidade, improdutividade e desvantagem significa pensar e estigmatizar a pessoa com deficiência como alguém sem habilidade e sem oportunidade. Para contrapor a esse cenário, ressalto as contribuições dos atletas paralímpicos, que usam o esporte como uma ferramenta capaz de mostrar tamanha capacidade, por desafiar seus próprios limites físicos, sensoriais e sociais; pessoas produtivas, por desempenhar diversos movimentos e apresentar resultados relevantes em seu processo de aprendizagem e de formação social. Há outros exemplos, como advogados, professores, contadores, secretárias com, eu, você, meu irmão, sua irmã, enfim, inúmeras são as pessoas que se formaram e estudaram em alguma escola junto com algum de vocês que provavelmente estão lendo essa matéria agora, a única diferença, é a diferença.

 

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