Fernanda Freixinho - Reprodução do Facebook
Fernanda FreixinhoReprodução do Facebook
Por Fernanda Freixinho *

Todo fim de ano é a mesma coisa. Crianças de férias, pais planejando viagens, fazendo as compras de Natal, organizando o lazer da família e orçamento curto. E é justamente nesse período que as ferramentas tecnológicas, como internet, são mais utilizadas. Isso porque é o local ideal para pesquisar preços, fazer reservas e se inteirar das promoções. E, nesse momento é importante ter cautela, em especial, com os crimes informáticos, pois toda essa facilidade também implica em risco.

Existem diversas formas utilizadas para subtrair e obter dados dos clientes e que são cada vez mais corriqueiras, como: phishing natalinos, softwares maliciosos, golpe do "prêmio ou presente", promoções ou concursos através de redes sociais, mensagens postadas nas redes sociais, dentre outras.

No phishing natalino, que pode ser recebido via correio eletrônico, sms ou whatsApp, a vítima - o consumidor - é enganado e levado a informar seus dados para receber uma encomenda ou uma surpresa e acaba fornecendo seus dados que caem em poder de criminosos.

No software malicioso, o objetivo é o mesmo e, por isso, o consumidor tem que ter muito cuidado ao instalar programas ou aplicativos. Por outro lado, o golpe do presente, onde o consumidor número X de dada página recebe um celular, um computador, ou outro prêmio atrativo, faz com que as pessoas, na empolgação, preencham seus dados para receber em casa o seu "prêmio", que nunca chegará.

Os cibercriminosos também estão cientes de que os consumidores adoram promoções. Então oferecem, gratuitamente, desde cosméticos a passagens aéreas, em troca somente do preenchimento de um formulário.

Evidentemente, é bom demais para ser verdade. O consumidor tem que ter cuidado. Em geral, a página tem o nome da empresa, mas tem algum carácter diferente ou o consumidor é direcionado para outra página.

Contudo, os criminosos podem se utilizar dos meios informáticos para cometer um crime comum. Exemplo clássico é quando a família toda viaja e posta fotos belíssimas curtindo férias em um local bem afastado deixando claro que sua residência estará vazia e, portanto, um alvo fácil.

Por tudo isso, o consumidor e usuário de meios eletrônicos tem que ter muita cautela com o que postar em redes sociais, bem como que tipo de dados está disposto a fornecer e para que tipo de site para não acabar sendo alvo fácil de criminosos.

Mesmo assim, caso a conduta já tenha ocorrido, o consumidor deverá registrar uma ocorrência na Delegacia mais próxima de crimes informáticos. Mas infelizmente a identificação dos responsáveis não é das mais fáceis, pois em geral eles usam nomes falsos ou de terceiros, se utilizam de computadores públicos, entre outros artifícios.

(*Advogada criminalista)

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