Ruy Chaves, colunista do DIA - Divulgação
Ruy Chaves, colunista do DIADivulgação
Por O Dia

Rio - No Brasil que temos que construir, o desafio das Instituições de Ensino Superior (IES) é o de maximizar a compatibilização entre fins a alcançar e meios humanos e materiais disponíveis.

Sonhos não têm limites; recursos, sim. De um lado, visão, missão e valores que orientam a gestão destas IES, gente ensinando gente aprendendo sempre, sua cultura como estratégia, sociedade, mercado e poderes públicos exigindo cidadãos profissionais em excelência. De outro, marcos regulatórios excessivos, as IES ainda reféns de conceitos do século 19.

Educação superior impõe aprendizado superior para a cidadania e o trabalho produtivo e as IES têm compromissos com o saber de transformação, com a ética e a empregabilidade de seus alunos em tempos sob mudanças velozes, compromissos com a responsabilidade social e a sustentabilidade, com o Brasil e o seu destino. O que sabemos hoje logo será obsoleto e salas de aulas não têm mais paredes e tetos como limites.

O conhecimento está em toda parte, acessível e próximo ainda que pareça distante, e não se aprende apenas com palavras e livros, mas com pessoas do bem em ambientes físicos e virtuais e práticas de campo.

Então, temos que aproximar nossas IES da vida real através de parcerias estratégicas com os poderes públicos e a iniciativa privada responsável para acelerarmos o desenvolvimento nacional. Cabe às IES sair de seu isolamento, interagir com o mercado, e depende de projetos pedagógicos inovadores e ousados, visão de mundo e de futuro, de professores alunos sempre, aprendendo sempre, atentos ao que é permanente: as mudanças.

Ao mercado impõe investir nas IES, na qualificação de seus egressos que criarão o Brasil que queremos. No Brasil pequeno, IES, mercado e poder público não se conectam, vivem em mundos diferentes.

Recursos humanos de excelência, imprescindíveis ao mercado e ao poder público, preparam-se em IES privadas, mais voltadas à profissionalização, à flexibilidade e à inovação, e em IES públicas, que priorizam formação intelectual e pesquisa. Integrados, mercado, IES e poder público farão de fragilidades e ameaças novas forças e oportunidades para a realização do bem comum, ideal de convivência.

Sem educação superior de excelência o Brasil será sempre e apenas o país do futuro. Saber para ser, saber para transformar. Panta rei.

Ruy Chaves é especialista em Educação

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