Dra Giulia Maria Gomes da Silva - Divulgação
Dra Giulia Maria Gomes da SilvaDivulgação
Por Dra. Giulia Maria Gomes da Silva*
Quando ingerimos a quantidade correta e potável de água, diversos benefícios podem ser notados, como a eliminação de toxinas, a reposição de vitaminas para a conservação dos tecidos e a prevenção de diversas doenças, inclusive relacionadas ao aparelho renal e urinário.

Entretanto, desde dezembro do ano passado, os cariocas deixaram de ter acesso a esse bem precioso e viram chegar às suas torneiras e chuveiros não uma água potável, mas sim um líquido barrento, turvo e com mau cheiro e gosto - problema que se deve a uma substância orgânica produzida por algas, conhecida como geosmina.

Ainda que não se saiba quais são as conseqüências de sua presença para a saúde, vale sempre lembrar que a água potável não possui cheiro, sabor ou cor. A partir do momento que essas características não estão presentes, existe a chance de contaminação e consequentemente de ela se tornar inadequada para o uso. Por conta disso, a recomendação é que, enquanto estiver com esse padrão impróprio para consumo, seja evitada a ingestão e também o banho com o líquido, principalmente em recém-nascidos e lactentes, uma vez que o contato com a água contaminada pode gerar sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia, além de irritação na pele, nos olhos e coceira.

Muito por isso, para crianças pequenas, é sempre importante procurar o pediatra para uma avaliação e orientação. O ideal, por exemplo, é que além de evitar o uso para higienização bucal e preparo dos alimentos, os responsáveis utilizem água mineral nos demais preparos - e quando isso não for possível, filtrar e fervê-la, se atentando principalmente para o contato com as mucosas, como olhos, nariz e boca. A recomendação pelos especialistas, inclusive, é só utilizar depois de ferver por um período de 15 a 20 minutos.

*Dra. Giulia Maria Gomes da Silva é pediatra da Neurovida