Alessandra Augusto - Divulgação
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Por Alessandra Augusto*
Outubro Rosa é uma campanha com o objetivo de conscientizar sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. A doença também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos. Já para as mulheres receber o diagnóstico pode ser devastador e impactar na parte emocional, já que os cabelos e seios tem valor simbólico de feminilidade.

Após o diagnóstico, é comum a mulher sentir ansiedade por causa das incertezas em relação ao tratamento. Algumas apresentam depressão por não verem saída para a situação e pelas incertezas em relação à doença. Outras desenvolvem transtorno do pânico, que é o medo exagerado. E como estamos em uma pandemia, elas têm medo de adquirir uma segunda patologia por ter um sistema imunológico mais fragilizado e se isolam.

O isolamento é um sinal de alerta. Ela passa a não querer mais o convívio social, fica mais calada, fechada e entristecida. A família é fundamental nesse momento. É importante que eles não diminuam a dor. Deem espaço para ela falar e se disponibilizem a acompanhar durante o tratamento. A família dá o apoio emocional e assim ela se sente acolhida e segura.

Os grandes hospitais que trabalham com o tratamento de câncer disponibilizam psicólogos que a ajudam com as emoções e pensamentos, mostrando que não se deve deixar de planejar o futuro, e focando na recuperação da estabilidade emocional. É importante que o tratamento ocorra uma vez por semana com terapia. E se necessário utilizar medicamentos receitados pelo psiquiatra.

Com a perda dos cabelos a autoestima da mulher fica abalada e o profissional de saúde busca trazer confiança e amor próprio. Quando ela tem acompanhamento, a tendência é que a autoestima não diminua, pois existe uma ajuda para estabilizar o humor e lado emocional.

*Alessandra Augusto é formada em Psicologia, palestrante, pós-graduada em Terapia Sistêmica e pós-graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental e em Neuropsicopedagogia. É a autora do capítulo “Como um familiar ou amigo pode ajudar?” do livro “É possível sonhar. O Câncer não é maior que você”