Yuri Maia - Divulgação
Yuri MaiaDivulgação
Por Yuri Maia*
De geração para geração, a responsabilidade com a questão ambiental vem se intensificando. Gasto excessivo, desperdício, crescimento populacional. São inúmeras as variáveis a serem acompanhadas no tocante ao meio ambiente. 

E na gestão pública não deve ser diferente. A adoção de princípios e práticas de sustentabilidade por parte dos órgãos governamentais tem se destacado cada vez mais como diferencial para uma gestão moderna.

A partir da concepção de desenvolvimento sustentável surgiram políticas, programas e práticas para a proteção do meio ambiente. É compromisso dos órgãos públicos dar o exemplo à sociedade, visando a otimização dos recursos. E introduzir práticas desse tipo nos patamares superiores das organizações, notadamente naqueles com maior poder de decisão, é importante para promover e fortalecer mudanças de atitudes.

É preciso dedicação e conscientização. Pequenas ações, realizadas de maneira sistemática, contribuem para a construção de um caminho de sustentabilidade e economia, a partir do ambiente de trabalho. E para que isso vire prática as instituições devem ser capazes de adotar medidas, verificar processos, capacitar funcionários, de forma contínua e planejada.

O primeiro passo pode vir com a implantação de programas de educação ambiental e conscientização, de órgão para órgão ou secretaria para secretaria. É possível que muitos ainda não adotem práticas de gestão ambiental pelo simples fato de não possuírem o conhecimento necessário. Pequenos esforços facilitam o processo. Quando as pessoas sabem o que acontece dentro da organização elas passam a ter mais empatia e entendimento sobre os valores e a missão do órgão.

Com essa responsabilidade, a fundação CEPERJ vem melhorando os seus controles e políticas internas. Desde 2018, a instituição monitora o número de impressões. Agora, em 2020, consolidamos um estudo que propõe a redução de papel, estimulando outros órgãos a fazer o mesmo. Em paralelo desenvolvemos um indicador do SEI-RJ para estimar o número de folhas virtuais e os benefícios trazidos por essa estimativa, tanto na área ambiental como na econômica.

Até o final deste ano, a Coordenadoria de Políticas Públicas, Regionais e Ambientais, a qual eu coordeno, também implementará a coleta seletiva na CEPERJ. O trabalho encontra-se em fase de pesquisa. 

Também estamos desenvolvendo projetos internos para arrecadação de recursos para uma matriz energética sustentável, e estamos em processo de adesão ao programa A3P, do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Na excelência do aprimoramento do trabalho buscamos incorporar os princípios da responsabilidade socioambiental nas atividades da administração pública, por meio do estímulo às ações que favoreçam a construção de uma nova cultura institucional.

Faltam iniciativas transparentes e ativas das instituições que já atuam nesse sentido. Trabalharemos para a criação de uma cultura que incentive a troca de experiências e processos entre os órgãos e instituições públicas.
*Yuri Maia é coordenador de Políticas Públicas, regionais e Ambientais da Fundação CEPERJ