Nos EUA, a escravidão foi abolida em 1865, marcada pelo fim da Guerra Civil Americana e pela 13ª Emenda da Constituição, embora o fim da escravidão por si só não tenha garantido direitos básicos a antigos escravos e seus descendentes. Muitos estados mantiveram leis e políticas segregacionistas mesmo no século XX. Hoje, continuamos enfrentando o legado dessas leis e normas sociais, como demonstrado nos recentes protestos contra violência policial. Essas leis e regras definiam os lugares e os serviços públicos que pessoas negras podiam utilizar, levando a injustiça e segregação. À medida que a resistência a essas políticas crescia, o movimento dos Direitos Civis nasceu.
Isso não é apenas parte da história. No século XXI, os EUA ainda enfrentam o legado de um passado de segregação. A morte trágica do afro-americano George Floyd Jr. por um policial branco trouxe essas frustrações de volta ao centro da consciência americana. O tema racial está sendo discutido em todo país, de jantares em família a reuniões de trabalho. Na embaixada e nos consulados no Brasil, há muito estamos comprometidos com um tratamento igualitário e trabalhando para reconhecer e erradicar desigualdades raciais por meio dos nossos programas. Nosso ambiente de trabalho é um espaço seguro para funcionários discutirem os desafios que enfrentam como minorias, e manteremos nosso compromisso de educar e corrigir desigualdades.
No Dia da Consciência Negra, orgulho-me em destacar o trabalho da diplomacia americana junto a parceiros brasileiros para endereçar esse tema com consciência e responsabilidade, priorizando iniciativas fantásticas de afro-brasileiros. Em outubro, financiamos um curso de inglês online para mulheres empreendedoras junto ao Instituto Das Pretas, do Espírito Santo. Também patrocinamos bolsas de estudos de inglês no Rio de Janeiro e Salvador para jovens afro-brasileiros.
*Cônsul geral dos EUA no Rio de Janeiro