Opinião 13 outubroArte Paulo Márcio
Além de desempenhar indiscutível papel social, através de projetos de inclusão, o esporte reúne enorme cadeia produtiva que envolve marcas, produtos, venda de ingressos, entre outros, representando importante ativo econômico, que gera emprego e renda, e foi drasticamente afetado pela pandemia. Assim como o setor cultural, que está retomando as atividades gradualmente, precisamos deixar as pequenas diferenças ¨fora de campo¨ e nos unirmos para reverter os prejuízos causados por esse momento único da nossa história.
A necessidade urgente de reabertura dos estádios para o público é somente a ponta de um enorme iceberg. Estudo da consultoria Ernst & Young estima que o prejuízo no futebol seja superior a R$ 1 bilhão. Em outras modalidades, o cenário pode ser bem pior. Com o impacto na Economia, muitas empresas e clubes retiraram seus patrocínios e mais de 40% dos atletas brasileiros que representaram o nosso país nas Olimpíadas de Tóquio tiveram que recorrer a vaquinhas para arrecadar dinheiro ou conciliar os treinos com um emprego.
Paralelamente, a realização de eventos esportivos tem impacto direto no turismo, setor essencial para a retomada da Economia no Estado do Rio de Janeiro. Além dos benefícios gerados através da compra de bens e contratação de serviços locais, tais eventos criam inúmeras oportunidades de ocupação num momento em que o desemprego assola não somente o nosso estado, mas todo o país.
Como representante público, e defensor dos esportes, tenho o dever de levantar essa bandeira. Não dá mais para assistir a crise da arquibancada. Precisamos torcer pela recuperação da nossa Economia, pela sobrevivência de nossos atletas, pela volta de projetos esportivos assistenciais que orientam novos caminhos para os mais vulneráveis. É hora de voltarmos para o jogo, criarmos divisas, e levarmos a alegria do esporte ao povo, com toda a segurança.
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