Felipe Peixoto é coordenador de Cidades Inteligentes da Prefeitura do RioImagem Assessoria

A cidade do Rio de Janeiro enfrenta, ao longo dos anos, enormes desafios no seu dia a dia. Entre eles há o grave problema de desigualdade social, um alto índice de criminalidade, a carência de redes de tratamento de esgoto e de coleta de lixo em diversos pontos da cidade. Além desses já velhos problemas, passamos a enfrentar sérias situações na Saúde e na Educação em consequência da pandemia da covid-19. E o nosso foco é a busca de soluções para essa nova cidade que se impõe diante de nós.

Estamos falando de uma cidade em constante mutação, pautada no movimento permanente das transformações, imprevisibilidades, modernização das técnicas de informação e comunicação. Tudo isso considerando as análises das relações entre os cidadãos, serviços, Saúde, Educação, transporte, energia e meio ambiente.

Dentro desse cenário, os princípios de Smart City preveem uma governança pública contemporânea com transparência, capacidade de resposta, confiabilidade, eficiência e eficácia, que nortearão o alcance de cidades autenticamente mais inteligentes, humanas, resilientes e sustentáveis. E certamente com total atenção aos fatores sociais, urbanos, econômicos, ambientais e pronta resposta aos desafios climáticos.

No âmbito da eficiência energética, segurança, inclusão digital e inovação, já está sendo executado na cidade as instalações de dez mil novas câmeras de monitoramento, cinco mil pontos de wifi, nove mil sensores georreferenciados, soluções IoT (internet das coisas) e Govtec, com a implantação do LabGov. Há quase 11 anos, lá atrás em 2010, o prefeito Eduardo Paes criou o Centro de Operações Rio (COR) para o monitoramento da cidade 24 horas e integração das operações urbanas do município, em um ambiente institucional da mais alta tecnologia e inovação a serviço da cidade.

O COR corrobora com as melhores práticas da administração pública municipal, subsidiando a tomada de decisões de seus gestores e alinhando metas de planejamento como o Plano Estratégico, o Plano Diretor, a Carta Brasileira de Cidades Inteligentes e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Tanto que este ano a cidade do Rio já comemora alguns reconhecimentos de projetos diferenciados de cidades inteligentes.

Um exemplo foi o Prêmio Latam Smart City Awards 2021, com o Rio de Janeiro figurando entre as três melhores cidades latino-americanas a desenvolver projetos na categoria Transformação Digital e Reconstrução Econômica.

Priorizando esses conceitos, o prefeito Eduardo Paes criou recentemente a Coordenadoria de Cidade Inteligente. É mais um desafio que assumo com a missão de integrar e centralizar as ações Smart City desenvolvidas pelo município com base no Escritório de Dados da Prefeitura. Estamos falando de uma infraestrutura unificada de dados para armazenamento, consulta e processamento de informações da administração municipal para a elaboração de diretrizes e implementação de projetos de ciência de dados.

Ainda temos muito pela frente, e começamos investindo no planejamento para a retomada do crescimento da cidade, desenvolvendo projetos de inovação e tecnologia na gestão do amanhã. Estamos juntos nessa jornada! Vamos Rio!

Felipe Peixoto é coordenador de Cidades Inteligentes da Prefeitura do Rio