opina7novARTE KIKO

A recente campanha eleitoral, que mobilizou boa parte dos brasileiros, revelou e projetou nas mídias sociais personalidades até então reconhecidas no círculo mais próximo, da família, amigos e os que sabiam da sua presença empresarial. Uma delas, admirada desde sempre pelos que a conheciam, mãe, avó, bisavó, empresária e cidadã do mundo é Sílvia Mello Franco Nabuco, conhecida como Vivi Nabuco.
Com textos de alta qualidade, com base na Cultura e Educação, relevante no melhor da elite tradicional brasileira, os perigos que rondavam o Brasil fizeram despertar uma guerreira, patriota, com coragem e muita lucidez. Vivi é neta, pelo lado paterno, de Joaquim Nabuco e, pelo materno, de Afrânio Melo Franco, personagens de nossa história. É bisneta do Conselheiro do Império Nabuco Araújo e do estadista Cesário Alvim.
Sua mãe, Maria do Carmo, influiu na defesa de nobres ideais em nossa política nos anos 1950 e 1960, tendo sua casa sido palco de memoráveis reuniões de homens públicos de valor.
A ilustre brasileira, Vivi Nabuco, conviveu com sua importância ao longo da vida com discrição. Autora de iniciativas vitoriosas no setor bancário, segurador e editorial, fugiu sempre dos holofotes, entregando a linha de frente a dois de seus filhos.
Não são poucos os casos conhecidos – que ela nem confirma – de grandeza e generosidade que promove no anonimato. Agora, quando vivíamos o perigo de um retrocesso cruel, no momento da decolagem da Economia e da construção de uma sociedade mais justa e preparada, partiu para emprestar sua autoridade moral, talento e coragem cívica para difundir mensagens de bom senso, equilíbrio, espírito público e objetividade.
Certamente atraiu muita gente para a melhor opção oferecida. Registrar este exemplo se impõe, já que a atuação destemida desta ilustre brasileira ganha significado, pois precisamos de muitas pessoas como ela, com sua história familiar e de vida, uma liberal em todos os sentidos, com ética e moral, para viabilizar um Brasil mais digno e próspero para as próximas gerações.
O perigo andou perto, muito também por inacreditável comportamento de pessoas de bem, de boa formação, que foram levadas a assumir postura chocante ao se posicionar com o que existe de retrógrado, tóxico, negativo no nosso meio político e mesmo cultural.
Que o vitorioso saiba assumir a responsabilidade de lapidar seus acertos e eliminar os erros que nos levaram à beira do precipício. Para mim, não foi surpresa esta revelação. Acompanho desde cedo esta família, tendo meus maiores entre os amigos e companheiros de muitos de seus notáveis ancestrais. 
Aristóteles Drummond é jornalista