Neste momento de pandemia a visita está sendo realizada apenas na parte exterior dos imóveisDivulgação/Ascom

Por O Dia
Petrópolis - Os agentes de combate a endemias da Secretaria de Saúde de Petrópolis seguem os trabalhos de combate e prevenção ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chykungunia. Mensalmente são feitas cerca de 45 mil visitas em domicílio.
Todos os agentes de endemia estão vacinados com as duas doses contra a COVID-19. Neste momento de pandemia a visita está sendo realizada apenas na parte exterior dos imóveis, com verificação de locais com água parada e caixas d’água destampadas.

As tarefas executadas pelo agente de combate a endemias envolvem vistorias de domicílios, com transmissão de informações sobre os cuidados necessários para garantir a não proliferação do vetor, destruição de criadouros e aplicação de larvicidas quando necessário. Em abril deste ano foi feita a redistribuição de agentes, com as equipes sendo organizadas em pontos fixos. Os agentes são ligados Coordenadoria de Vigilância Ambiental do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde.

A coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Alessandra Cardoso, ressalta que mesmo com a reorganização, os agentes enfrentam resistência dos moradores: “Com essa nova organização, o morador conhece quem é o agente da localidade. Ele sempre vai estar vendo e acompanhando o trabalho nas redondezas. Mesmo assim, temos encontrado resistência das pessoas para fazer a verificação nos domicílios. O nosso trabalho também envolve ações educativas de orientação, sobre os cuidados de focos do mosquito. Precisamos da conscientização da população sobre a importância desse trabalho”.

O agente de combate a endemia tem uniforme próprio, com colete e acessórios de identificação. Caso o morador tenha dúvida se a pessoa que está em sua porta é um agente, pode entrar em contato com a coordenadoria para fazer a verificação pelo telefone: (24) 2231-0841. Denúncias de caixa d'água sem a tampa e água acumulada em residência, também podem ser feitos nesse número.

No último Levantamento de Índice Rápido ao Aedes aegypti (LIRA) realizado em 2020, Petrópolis obteve resultado de 0,77% nos parâmetros para classificação quanto à infestação pelo mosquito, de acordo com as Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Arboviroses. Esse número representa baixo risco de infecção, com índice satisfatório menor que 1%. Entre 1 e 3,99%, os números representam sinal de alerta, e acima de 4,00%, alto risco de contaminação pelo mosquito.

“Em relação ao ano passado quando eram 50 agentes de endemia, a prefeitura quase triplicou esse número, contando hoje com 142 trabalhadores. Eles são distribuídos por nove regiões da cidade, com foco em áreas urbanas. Independente da estação do ano, o trabalho de combate aos vetores e de orientação à população é desenvolvido continuamente por meio de visitas domiciliares”, ressaltou o secretário de Saúde, Aloisio Barbosa.

A dengue e a chikungunya têm sintomas e sinais parecidos. Enquanto a dengue se destaca pelas dores no corpo, a chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações. Já a zika se destaca por uma febre mais baixa (ou ausência de febre), manchas na pele e coceira no corpo. Os sintomas são parecidos, mas o tratamento é diferente para cada doença. Em caso de sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima.

Alessandra ressalta que os cuidados com larvas e o mosquito Aedes aegypti devem ser mantidos em todos os meses do ano: “Evitar água parada, manter caixas d’água tampadas e bem cuidadas, são os cuidados essenciais de prevenção. Mesmo no período de inverno não podemos reduzir os esforços no combate ao Aedes aegypti”.