Renata Emilião, de 50 anos, pediu para tomar suco de laranja depois que saiu da intubaçãoReprodução

Petrópolis - Foram 44 dias de internação. Destes, a arquiteta Renata Emilião, de 50 anos, ficou 19 dias intubada. O período em que ficou sob os cuidados da equipe do Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, foi crucial para a sua saúde e um exemplo para os profissionais que estiveram ao seu lado. No último domingo (11), a paciente teve alta para a unidade aberta e compartilhou sua alegria e dividiu também seu aprendizado.
“Eu aprendi uma coisa: não somos nada, estamos aqui só para cuidar. Cuidamos da gente, cuidamos do outro e do mundo. Deus deu o maior dom pra gente, que é o dom de cuidar. E vocês aqui cuidaram muito bem de mim. Muito obrigada por tudo”, declarou Renata, apesar da dificuldade para falar causada pela traqueostomia.
Publicidade
A alta foi comemorada por toda a equipe e pelo enfermeiro Matheus Talarico da Silva Foster que esteve ao seu lado durante o tratamento: “Acompanhei a Renata durante todo o seu período de internação e foi uma grande troca. Houve dias em que ela estava desanimada e eu a motivei e outros em que eu estive para baixo e ela me deu uma injeção de ânimo com seu sorriso”, lembrou.
A parceria entre os dois foi registrada em um vídeo gravado ainda na UTI. Após a extubação e a traqueostomia, Renata aparece dançando ao som da cantora Dara Maclean, sua favorita, enquanto tem seu pedido de tomar um suco de laranja atendido. A cena, acompanhada por Matheus, contagiou a UTI São Judas Tadeu.
Publicidade
“Ver uma paciente que acompanhamos todos os dias sair andando da unidade é muito gratificante. É o que nos motiva e mostra que nosso trabalho não está sendo em vão. Fico feliz por ter feito parte da história dela no hospital”, comentou o enfermeiro.
O supervisor da UTI São Judas, Sérgio Muniz de Oliveira Junior, que atua desde o início da pandemia do novo coronavírus destaca que histórias como as da Renata renovam as energias de toda a equipe: “Quando temos um paciente de alta é muito gratificante. Ficamos com uma sensação de dever cumprido e ganhamos força para continuarmos fazendo o nosso melhor para que todos voltem para suas casas”, contou.