Ferramentas tecnológicas levam a uma "viagem" ao deserto do Saara OcidentalDivulgação/Sesc

Petrópolis - O Sesc Quitandinha abre nesta sexta-feira (8), na Cúpula do Palácio, a "Ocupação Refúgio: Arte, Ciência e Tecnologia - Narrativas e Mediações em Tecnologia e humanidades". Trata-se de uma mostra imersiva e interativa que levará o público a uma viagem aos recônditos da condição humana vivida durante a quarentena contra a COVID-19: o refúgio.

Na instalação artística “Irifi: Estrelas do Deserto”, o visitante é “transportado”, por meio de ferramentas de realidade aumentada e imagens 3D, ao deserto do Saara Ocidental. Ali conhecerá histórias e os hábitos do povo saarauí, que desde 1975 vive na condição de refugiado na região Norte da África e luta por sua independência do Marrocos e da Mauritânia.
O ambiente reproduzirá a atmosfera local, com destaque para o céu estrelado, umas das ferramentas de localização utilizadas pelos saarauís em suas peregrinações pelo deserto. O projeto leva a assinatura do artista e cineasta Felipe Carrelli, com a participação do GalileoMobile, organização internacional que se dedica a levar a diversos países do mundo a divulgação científica
A instalação “Quarentena: como será o amanhã?” apresentará, por meio de dispositivos audiovisuais, depoimentos de pessoas em isolamento social captados durante a primeira onda da pandemia. Os relatos representam uma diversidade de perspectivas e afetos através das projeções futuras de brasileiros no refúgio das suas casas.
O trabalho é assinado por André Paz, coordenador do BUG 404, laboratório em rede que atua no campo das narrativas interativas e imersivas inovadoras, ligado à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e ao Programa de Pós-Graduação em Mídias Criativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGMC/UFRJ).
“Refúgio é um lugar onde estamos acolhidos, protegidos de perigo iminente. Onde o encontramos diante da Covid? Em nossas casas? E como nos refugiamos da solidão do isolamento social? Nas telas, pela internet? Talvez, o coronavírus tenha disseminado uma experiência de vulnerabilidade análoga àquela vivida desde sempre pelos povos refugiados. Desterrados em suas próprias casas. Sem chão”, analisa André Paz, diretor artístico da Ocupação Refúgio e coordenador do BUG 404.
“Refúgio é um lugar onde estamos acolhidos, protegidos de perigo iminente. Onde o encontramos diante da Covid? Em nossas casas? E como nos refugiamos da solidão do isolamento social? Nas telas, pela internet? Talvez, o coronavírus tenha disseminado uma experiência de vulnerabilidade análoga àquela vivida desde sempre pelos povos refugiados. Desterrados em suas próprias casas. Sem chão”, analisa André Paz, diretor artístico da Ocupação Refúgio e coordenador do BUG 404.