Petrópolis - Em Petrópolis, a falta de mobilidade urbana se agrava a cada dia, tendo como um dos principais fatores o estacionamento irregular de veículos particulares, principalmente nos bairros. Somente neste ano, a empresa de ônibus Cidade Real enviou 141 ofícios ao órgão fiscalizador, relatando a situação que prejudica o passageiro que depende do ônibus e, consequentemente, resulta em atrasos e perdas de viagens.
Geralmente, a área de manobra dos coletivos no ponto final é a mais afetada nos bairros. No início desta semana, por quase uma hora e meia, os ônibus que fazem a linha 118 – Pedras Brancas perderam seis viagens seguidas. O motivo foi o estacionamento irregular de um carro na Rua Mathias Hillen, ao fim do trajeto no bairro.
“Esse é um dos trechos mais críticos da nossa operação. O bairro Pedras Brancas totaliza, somente nos últimos nove meses, 17 ofícios protocolados ao órgão fiscalizador do município, em virtude dos veículos estacionados de forma inadequada, que dificultam e até impedem a circulação dos ônibus”, pontuou Marco Antonio, encarregado de tráfego.
Os problemas também são frequentes no ponto final da Rua João Xavier. Na região, as linhas 117 – João Xavier e 140 – Comunidade Vitória constantemente precisam parar 160 metros antes, também em razão dos veículos parados irregularmente no ponto final. Ao todo, 14 ofícios já foram protocolados à CPTrans.
Além dos pontos finais, ao longo do trajeto em diferentes localidades, os ônibus também enfrentam dificuldades com os constantes estacionamentos irregulares que, de acordo com Anuário Estatístico do Detran, é a infração mais cometida por condutores de automóveis em Petrópolis. Diariamente, a situação é encontrada nas vias principais do Bingen, Mosela e Centro Histórico. Aos fins de semana, a situação é crítica no bairro Manoel Torres. O problema também é frequente no Bataillard e Vila São José, segundo a empresa Cidade Real.
“Os casos são recorrentes e contamos muito com a conscientização dos moradores de cada região, para que as infrações não voltem a ocorrer e a operação dos ônibus seja realizada de forma mais eficiente em cada localidade. Afinal, os principais prejudicados pelo transtorno são as pessoas que dependem dos ônibus”, concluiu Marco Antônio.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.