A Prefeitura de Rio das Ostras divulgou uma nota esclarecendo o caso de óbito de bebê - Divulgação/Claudio Pacheco
A Prefeitura de Rio das Ostras divulgou uma nota esclarecendo o caso de óbito de bebêDivulgação/Claudio Pacheco
Por O Dia
Rio das Ostras - O caso de uma mãe que teria perdido seu bebê por suposto erro médico no Hospital Municipal de Rio das Ostras, no último dia 13 de fevereiro, viralizou nas redes sociais, provocando muitos questionamentos.
Diante do acorrido, o vereador Misais da Silva Machado (PSDB) foi até o hospital e gravou um vídeo acusando a instituição pelo óbito da criança.
Segundo testemunhas, o parlamentar agiu de forma inadequada, falando em tom alto e provocativo, acessou uma área restrita e tentou entrar na sala de cirurgia da unidade hospitalar, perturbando os funcionários e assustando os pacientes da enfermaria e corredores. Na mesma ocasião, o diretor do hospital, Arlem Gomes também gravou um vídeo como direito de resposta ao vereador, onde os dois ficaram de costas e apareceram ambos, no vídeo do outro. Como mostra o vídeo abaixo:
A reportagem do O Dia procurou a Prefeitura de Rio das Ostras para esclarecer o caso, em resposta, a assessoria jurídica do município esclareceu que “lamenta o ocorrido, que tem plena consciência da imunidade material dos membros do legislativo garantida pela Constituição, mas entende que a mesma não é absoluta, ainda mais quando confrontada com direitos fundamentais do paciente, tais como a inviolabilidade da sua intimidade e imagem, assegurados no artigo quinto da Constituição”. Acrescentando que, “faltou bom senso e sensibilidade da parte do vereador, pois num ambiente de hospital normalmente as pessoas estão fragilizadas, com suas intimidades expostas e seria até mesmo uma falta de humanidade utilizar, sem autorização expressa, imagens de pessoas, em vídeos com propósitos políticos para serem compartilhados em redes sociais”.
A Prefeitura de Rio das Ostras divulgou uma nota relatando o caso de óbito do bebê, que diz:
“A Prefeitura de Rio das Ostras esclarece que foi aberta uma sindicância para apurar o caso da gestante que perdeu seu bebê e avaliar todas as situações, focando na questão técnica, para concluir se houve ou não negligência médica.
De acordo com informações do Hospital Municipal, Natália Costa Faria, de 26 anos, que estava com 39 semanas de gestação, realizou o pré-natal no Posto de Saúde de Nova Cidade, onde sua última consulta médica foi na terça-feira, dia 11. Na unidade, a gestante foi examinada e não foi constatada nenhuma anormalidade. No entanto, como se queixava de muitas dores, por precaução, a gestante foi encaminhada ao Hospital Municipal.
Segundo prontuários do hospital, Natália só compareceu a unidade na quinta-feira, dia 13, dando entrada às 13h23, porque não sentia o bebê se mexer. Após passar por todos os exames, foi constatado que a criança veio a óbito.
Durante a cesariana, foi identificada uma infecção. Mas, de acordo com equipe médica, durante todo o pré-natal da gestante, essa infecção não foi detectada em nenhum dos exames realizados, inclusive a paciente não apresentava febre e nenhuma outra alteração, somente se queixava de dores no baixo ventre que, geralmente, é normal em algumas gestações.
Após o procedimento, Natália foi para o Centro de Tratamento Intensivo – CTI, onde foi tratada com antibióticos. Devido alteração no seu quadro respiratório a paciente foi transferida para o Hospital Estadual dos Lagos, em Saquarema, onde há mais recursos apropriados para gestantes”.
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