Ana Paula Siqueira é militante da educação pública, sindicalizada e convencida de que o caminho para uma sociedade mais justa passa pela educação pública de qualidade - Arquivo Pessoal
Ana Paula Siqueira é militante da educação pública, sindicalizada e convencida de que o caminho para uma sociedade mais justa passa pela educação pública de qualidadeArquivo Pessoal
Por Ana Clara Menezes
Rio das Ostras - A professora do Instituto Federal Fluminense (IFF), Ana Paula Lopes Siqueira, e o autônomo, Alexandre de Oliveira Cosme, são os nomes dos candidatos do PSOL, para concorrer o cargo de prefeita e vice, respectivamente, no município de Rio das Ostras, Região dos Lagos do Rio. O partido aposta na dupla, para recuperar a empregabilidade e valorização do trabalho na cidade. A convenção partidária aconteceu, no dia 5 de setembro, por videoconferência, devido a pandemia da Covid-19.
A chapa cujo slogan é: ‘uma maré de resistência’, possui 12 candidatos plurais a vereador e vereadora - Arquivo Pessoal
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Ana Paula, tem 40 anos, casada, é engenheira e doutora em Ciências Naturais pela UENF, é professora do IFF há 13 anos e do pré vestibular popular Praxis, foi diretora de ensino do IFF por 4 anos. Feminista, antirracista e ecossocialista, Ana é militante da educação pública, sindicalizada e convencida de que o caminho para uma sociedade mais justa passa pela educação pública de qualidade.
Alexandre, 36 anos, casado, pai do Vicente de 5 anos, representante do trabalhador autônomo, traz as pautas da melhoria do transporte público e dos investimentos em políticas geradoras de trabalho e renda para a cidade. Já foi CLT, trabalhou anos com vendas em grandes e pequena empresas. Há alguns anos se tornou autônomo em um pequeno negócio familiar. Também já foi Uber e sentiu bem de perto a falácia do liberalismo. Hoje tem um brechó junto a sua esposa e continua sua luta em busca de direitos e igualdade.
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“A convenção foi um evento interno para filiados, faremos plenárias de apoio e mobilização de forma remota para participação de políticos e apoiadores ao longo da campanha”, explica a candidata Ana Paula. A Deputada Estadual Mônica Francisco e os Deputados Federais Gláuber Braga, Chico Alencar e Marcelo Freixo, apoiaram a candidatura de Ana Paula e Alexandre, em Rio das Ostras.
“É tão maravilhoso a gente ver a potência das mulheres do PSOL, o quanto a gente tem compromisso com a nossa sociedade, com toda sociedade e não só parte dela. A nossa construção não é seletiva, ela é coletiva. Estamos juntas”, disse a Deputada Estadual Mônica Francisco.
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O Deputado Federal Gláuber Braga disse que, é necessário fortalecer a construção coletiva e as possibilidades de organização no enfrentamento da extrema direita.Chico Alencar, Deputado Federal afirmou que, a política, com P maiúsculo, deve ser entendida como zelo pelo bem comum, compartilhamento, construção de uma cidade de delicadeza e de direitos, que pode melhorar a sociedade.
Já o Deputado Federal Marcelo Freixo, declarou todo seu apoio, ressaltando ter a certeza de que Ana Paula e Alexandre vão fazer Rio das Ostras ter mais orgulho, com um caminho melhor pela frente.
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A chapa cujo slogan é: ‘uma maré de resistência’, possui 12 candidatos plurais a vereador e vereadora, sendo 50 % de representatividade feminina, 30% de representatividade de negros e negras e 30% de representatividade LGBT. O PSOL tem aliança com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Não é uma coligação porque o partido não tem executiva formal na cidade.
As principais causas e bandeiras defendidas pela chapa, são: o ensino básico integral de qualidade, a realização de concurso público com valorização da carreira dos profissionais da educação. A construção de uma Delegacia e Hospital da Mulher e políticas de assistência e direito à cidade com melhorias na iluminação pública, urbanização e transporte, principalmente na periferia. Priorizando a solução do problema do saneamento básico com fornecimento de água, tratamento de esgoto e drenagem das águas pluviais para reduzir as enchentes preservando a saúde da população.
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“Rio das Ostras precisa de representatividade feminina na política. Não é de hoje que as mulheres estão lutando por mais espaço, inclusive na política. Somos 51% da população e não temos representantes na câmara e na prefeitura. As leis e as decisões políticas sempre foram pensadas pelos homens e para os homens, sendo que hoje quase metade dos lares brasileiros são chefiados e sustentados por mulheres. Não queremos ser conhecidos como a Capital do Estupro, queremos mudar essa maré, somos uma maré de resistência, democracia e liberdade”, afirma Ana Paula Siqueira.
Sobre os desafios que virão, Alexandre Cosme diz que, o maior deles é garantir uma gestão que não seja pautada pela troca de favores e que busque reduzir as desigualdades. “Precisaremos enfrentar a crise sanitária e econômica com políticas que privilegiem os mais pobres e vulneráveis, reestruturar a arrecadação da cidade para garantir renda básica, educação e saúde públicas para todos e todas. Desenvolver planos sustentáveis de geração de trabalho e renda. Colocar em prática o saneamento básico em todo território, desenvolver o ecoturismo, a agricultura familiar e preservar nossas riquezas naturais”, pontua.