A Defesa Civil orientou que, em caso de chuvas e trovoadas, as pessoas devem procurar por abrigos seguros, como: veículos não conversíveis (carro, ônibus, van...), residências, lojas ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios - Divulgação
A Defesa Civil orientou que, em caso de chuvas e trovoadas, as pessoas devem procurar por abrigos seguros, como: veículos não conversíveis (carro, ônibus, van...), residências, lojas ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raiosDivulgação
Por Ana Clara Menezes
Rio das Ostras - A morte de Maria Clara, de apenas 4 anos, após ser atingida por um raio, na praia da Boca da Barra em Rio das Ostras, foi uma tragédia da natureza, que chocou todo o país. A menina brincava na areia, acompanhada da avó e da irmã mais velha quando tudo aconteceu. Além dela, um rapaz foi atingido na perna, mas passa bem.  Assista o momento do acidente:


A equipe do O DIA, entrou em contato com a Defesa Civil do município, para esclarecer o acontecimento, que explicou que, esse fenômeno da natureza (os raios) acontecem quando as nuvens ficam muito carregadas de energias positivas ou negativa. E quando este acúmulo de energia atinge seu ponto máximo, ocorre a descarga elétrica, ou seja, a eliminação desta energia. Podendo ocorrer de três formas: dentro das nuvens, entre uma nuvem e outra ou entre a nuvem e a superfície da terra, este último o grande responsável pelos acidentes.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil é o país onde mais caem raios no mundo. São 57,8 milhões de raios por ano. A maior parte cai nas regiões Sudeste, com 26% das descargas elétricas, seguida pelas regiões Norte e Nordeste.

Em todo o país, entre os anos de 2000 e 2019, foram contabilizados 2.194 mortes provocadas por raios, com uma média de mais de 100 mortes por ano. Segundo a Defesa Civil, o município de Rio das Ostras não possui estatísticas de acidentes causados por descargas elétricas. O município está na 4114ª posição nacional em concentração de raios, e é o 83º colocado no ranking do Estado do Rio de Janeiro, com uma densidade de descarga de 1,787 por km²/ano.

Secretaria de Segurança Pública de Rio das Ostras, orienta população, sobre como identificar o risco de raios nas praias

O coordenador da Defesa Civil, Jorge Mazzo, explicou que, os banhistas que aproveitam as praias durante o verão, devem tomar cuidado com a queda de raios. Pois, as praias, que são lugares descampados, são extremamente vulneráveis às descargas atmosféricas. Se o banhista estiver dentro do mar, a situação é ainda mais crítica, porque a água salgada é ótima condutora de eletricidade. Assim, os efeitos de um raio podem se propagar para muito longe.

“A orientação é que as pessoas evitem ir à praia, ou frequentar áreas abertas, em dias que a previsão indique tempestade com raios. Ao menor sinal de descargas atmosféricas (relâmpagos e/ou trovão) procure abrigo em local seguro. Nunca se abrigar embaixo de árvores, proximidade com redes elétricas e cercas metálicas, tendas ou guarda-chuvas”, ressaltou Jorge Mazzo.

O coordenador da Defesa Civil, informou ainda que, é necessário evitar estar próximo de objetos metálicos longos, tais como, varas de pesca, tripés, tacos de golfe; empinar pipas, andar de bicicleta, e ficar em grupos. Se estiver dentro de casa, evitar usar o telefone, a não ser que seja sem fio; ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas; ou tocar em qualquer equipamento elétrico ligado à rede elétrica.

Os abrigos seguros são: veículos não conversíveis (carro, ônibus, van...), residências, lojas ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios. Para mais orientações e em caso de emergência basta ligar para Disque Emergência 199