Fisioterapeuta Daniela Lima com parte da equipe do Follow UP em Rio das Ostras - Divulgação
Fisioterapeuta Daniela Lima com parte da equipe do Follow UP em Rio das OstrasDivulgação
Por O Dia
Rio das Ostras - O mês de novembro, dedicado às atividades de sensibilização e conscientização sobre a Prematuridade, está chegando ao fim. No entanto, Rio das Ostras continuamente vem realizando um trabalho de alerta com estratégias de prevenção da prematuridade, que é o objetivo dessa mobilização, bem como levar informações sobre as consequências do nascimento antecipado para o bebê e sua família, e o impacto desta condição na sociedade.

O Município aderiu à Campanha Novembro Roxo há alguns anos, mostrando a sua preocupação com os bebês de risco, por meio da criação do Ambulatório de Follow Up, que conta com uma equipe multiprofissional e é destinado ao acompanhamento de bebês prematuros. Em 2019, foi sancionada pelo prefeito Marcelino Borba a Lei 2297/2019, que dispõe sobre a realização anual de ações relacionadas ao Enfrentamento do Parto Prematuro durante o mês de novembro.
Claudinéa Florentino com a filha antes e depois da UTI - Divulgação
Claudinéa Florentino com a filha antes e depois da UTIDivulgação


De acordo com a fisioterapeuta Daniela Lima, devido às recomendações sanitárias de distanciamento social impostas pela pandemia do coronavírus, este ano a mobilização do Novembro Roxo foi totalmente virtual, se restringindo as redes sociais, onde familiares e profissionais de Saúde postaram textos informativos e relatos pessoais utilizando as hashtags #novembroroxo, #mesdaprematuridade, #diamundialdaprematuridade, e algumas ONGS ao redor do Mundo realizaram lives e palestras online.

”Durante todo o ano, nosso atendimento é voltado para bebês prematuros, com síndromes e bebês que ficaram internados em UTI neonatal e que têm a possibilidade de apresentar algum atraso no seu desenvolvimento, obedecendo critérios específicos, baseados em recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria”, ressaltou Daniela.

O desenvolvimento de um bebê prematuro não é nada fácil e a família luta junto em nome da vida. A moradora do Âncora, Claudinéa da Silva Florentino, é atendida pela equipe do Ambulatório, fala de sua experiência. Sua filha Rackelly Vitória nasceu com 35 semanas e ficou um mês e 24 dias na UTI neonatal. Hoje, a menina está com quatro meses de idade cronológica.

“Ser mãe de uma criança internada na UTI é muito difícil e uma experiência única. São muitas incertezas e é preciso confiar muito em Deus. Temos dias tristes e felizes e a gente vibra a cada melhora. A tensão é grande, mas temos o apoio de pessoas lá dentro, que são solidárias. E quando o bebê tem alta é uma emoção e, ao mesmo tempo, vem o medo de lidar com ele, porque a caminhada está apenas começando. Sou uma mãe de UTI”, declarou Claudinéa, que terá acompanhamento da equipe até os dois anos de idade da filha.

ATENDIMENTO - O Ambulatório de Follow Up é composto por equipe multiprofissional, com Assistente Social, Enfermeira, Fisioterapeuta, Fonoaudióloga, Nutricionista e Pediatra. O acolhimento às crianças novas acontece às terças-feiras, mediante encaminhamento e marcação prévia no local. O Follow UP funciona no Núcleo de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente - NASCA, situado na Rua Mayer, nº 747 – Bairro Liberdade. Mais informações pelo telefone: (22) 2771-4128.