Por adriano.araujo

Rio - Cercada pela Favela do Gogó da Ema e os Complexos do Chapadão e Pedreira, uma das vias mais perigosas de Guadalupe, a Estrada do Camboatá é um dos principais alvos de roubo de veículos. O rastro dos crimes fica espalhado nas calçadas. Bandidos desmancham, queimam e abandonam carcaças dos carros. O cenário é assustador. Parece ‘terra de ninguém’. Só na semana passada, 22 carcaças foram deixadas ao longo da via, segundo moradores. Os veículos estão espalhados nas calçadas até a localidade conhecida como Cancela de Costa Barros, no bairro que leva o mesmo nome. O vídeo da rua das carcaças viralizou na internet.

A presença de traficantes das facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Amigos Dos Amigos (ADA) também tem preocupado moradores. Segundo eles, além da Estrada do Camboatá, nas ruas como a Marcos de Macedo, Fernando Lobo, Delegado Silvio, Manhama, Avenida Rafael de Oliveira e Pedra Rasa têm ocorrido muitos assaltos a pedestres. Caminhões de bebidas se tornaram alvo frequente dos criminosos.

Cenário é de ‘terra de ninguém’ na Estrada do Camboatá%2C onde bandidos queimam carros usados em crimes e abandonam nas calçadasGuadalupe News / Divulgação

Moradores ou pessoas que passam pela via estão desesperados. A sensação de insegurança é reclamação de todos que transitam. Na última quinta-feira, até uma retroescavadeira de uma obra da Prefeitura do Rio foi roubada na Rua Fernanda Lobo. Logo em seguida o equipamento foi recuperado por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). 

“Os carros são queimados e abandonados por aqui para não deixar vestígios dos bandidos. Os veículos usados, geralmente, por quadrilhas para cometerem crimes na região. Essas carcaças precisam ser retiradas o mais rápido possível e o batalhão deve intensificar o patrulhamento e manter policiais durante 24 horas na área para que a Estrada do Camboatá, a mais perigosa do bairro, não seja mais ponto de abandono de veículos e nem de roubo”, comentou o especialista em Segurança Pública e coronel do Bope, Paulo César Amêndola.

Segundo o comandante do 41º BPM (Irajá), Marcos Lima, um pedido para a retirada das carcaças já foi feito à prefeitura e o patrulhamento foi reforçado na área.


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