Por gabriela.mattos
Polícia Civil indiciou%2C nesta quarta-feira%2C 14 funcionários do vereador Marcio Garcia (Rede)Reprodução Facebook

Rio - A Polícia Civil indiciou, nesta quarta-feira, 14 funcionários do vereador Marcio Garcia (Rede) por um suposto envolvimento em esquema de desvio de dinheiro público. Assim como O DIA divulgou, no dia 18 de maio, uma ex-funcionária do gabinete do parlamentar foi à Delegacia Fazendária da Polícia Civil (Delfaz) e afirmou que todo mês parte do seu salário era devolvida e direcionada para bombeiros exonerados da corporação.

Segundo o inquérito, a denunciante trabalhava duas vezes por semana no gabinete e tinha o salário de R$ 1,2 mil, mas o valor depositado variava de R$ 10 mil a R$ 13 mil. Ela relatou que o dinheiro era depositado sempre no dia 1º e que todo mês ia ao banco sacar a diferença para entregar a seus superiores.

Além disso, as investigações da Delfaz mostraram que o cartão de combustível da Câmara dos Vereadores do Rio, que era usado pelo gabinete do vereador, foi usado para abastecer quatro veículos particulares. A polícia afirmou que o abastecimento de um Celta e um Palio foi pago com o cartão durante um ano e dois meses.

De acordo com as investigações, o Palio seria de um funcionário do gabinete e uma Kombi prestaria serviços a uma ONG de Garcia. Já os outros dois veículos pertenceriam a uma subtenente do Corpo de Bombeiros e ao seu marido.

Em nota, o vereador afirmou que colocou o sigilo bancário e fiscal à disposição da Justiça, e "que não tem nenhum controle sobre o que os servidores fazem dos seus salários". Garcia destacou que "nunca recebeu nenhuma quantia dos funcionários ou qualquer devolução de salários. A cota de combustível ele usa para abastecer os veículos que usa em seu deslocamento, estritamente na atividade parlamentar".

O candidato à reeleição contou que mora em um apartamento de 70 metros, no bairro Pilares, na Zona Norte, financiado pela Caixa Econômica. Garcia lembrou ainda que costuma ir à Câmara de transporte público.

"Uma conclusão lógica: o cartão de combustível existe exatamente para abastecer o carro particular que o parlamentar estiver usando. Como eu moro na Zona Norte, uso frequentemente o metrô, não utilizo totalmente a cota de combustível mensal, o que levou ao acúmulo de quase R$ 15 mil de saldo no cartão (...). Até o momento não fui sequer ouvido", acrescentou Garcia.

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