Por bianca.lobianco

Rio - Foi com os Arcos da Lapa lotado de militantes que Marcelo Freixo (Psol) comemorou sua ida para o segundo turno, tendo Marcelo Crivella (PRB) como adversário na disputa da Prefeitura do Rio, na noite deste domingo. Segundo a Justiça Eleitoral, com 100% das urnas apuradas, Crivella teve 842.201 votos, o que corresponde a 27,78% dos votos válidos. Freixo recebeu 553.424 votos, o equivalente a 18,26%. Emocionado, ele disse que a vitória era possível e que toda a sua campanha foi direcionada às ruas. O psolista tinha apenas 11 segundos na propaganda eleitoral na TV durante toda a campanha e classificou esse momento como "histórico". 

Marcelo Freixo comemora ida para o segundo turno na Lapa Márcio Mercante / Agência O Dia

Durante vários momentos de seu discurso, Freixo falou sobre a derrota de Pedro Paulo (PMDB), que culminou no fim do domínio do PMDB no Rio. "Eu tenho muito orgulho de estar aqui ao lado de cada um. A nossa militância é de base, de rua, que fez um programa de cidade, por isso derrotou a era PMDB no Rio. Essa cidade não aguentava mais o PMDB. Não foi uma militância fria, mas acalorada. Não é porque não fizemos alianças que não tivemos voz. A aliança certa que nos levou ao segundo turno foi com a sociedade", destacou o candidato do Psol, que reforçou que Jandira vai apoiar a sua candidatura. Por meio do Facebook, Molon já declarou apoio a Freixo.

Marcelo Freixo (PSOL) vai disputar o segundo turno com Marcelo Crivella (PRB). Praça dos Arcos da Lapa estava lotadaMárcio Mercante / Agência O Dia

Sobre os locais que Freixo precisa ainda convencer a população, o candidato falou que sua militância está muito bem organizada e espalhada pela cidade, mas reconheceu onde tem resistência. "A militância precisa chegar nos setores, nas comunidades, na Zona Norte, na Zona Oeste, mas sem dúvida alguma a gente consegue chegar, com menos de 10 pontos de diferença. A chance de ganhar essa eleição é muito grande, mas a gente tem muito respeito pelo Crivella e vamos reforçar isso nos debates".

Em relação à força religiosa de Crivella, Freixo não vê ameaça e diz que o preconceito não deve ser invertido. "Nós temos que discutir um projeto de cidade e não sobre a religião de cada um, isso é o que importa".

O socialista disse que vai buscar alianças dos partidos progressistas e rechaçou qualquer tipo de apoio do PMDB. "Eu não quero o apoio de quem não vai me dar. Eu não quero o apoio do PMDB e não quero o apoio do Bolsonaro, isso não tem conversa. Eu não estou à venda, eu não sou liquidação. Nós ganhamos um projeto de cidade com 11 segundos de tempo de TV. As lideranças políticas do Rio têm que ter responsabilidade. Não sou eu que tenho que ir atrás. Nós não vamos trocar cargos". 

A comemoração de Freixo contou com a presença de amigos e familiares, dos atores Humberto Carrão, Gisele Fróes e Gregório Duvivier, dos deputados federais Chico Alencar e Jean Willys e dos vereadores eleitos do Psol Tarcísio Motta e Marielle Franco.



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