Rio - O ex-governador Sergio Cabral e a empresa Michelin foram condenados, na última terça-feira, a ressarcir valores de ICMS que deixaram de ser pagos. A decisão é da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio. Os benefícios fiscais foram concedidos a partir de 2010 e adiavam, sem prazo determinado, o recolhimento do imposto devido na aquisição de maquinário para ampliação da fábrica da empresa, em Itatiaia.
A ação popular alega que os benefícios seriam ilegais, o que configura renúncia de receita. Como a ação foi julgada improcedente, o Ministério Público, por meio da 11ª Promotoria de Justiça de Fazenda Pública, recorreu da decisão.
No início do julgamento da apelação, em março deste ano, foi reconhecida a ilegalidade do benefício fiscal. Houve, no entanto, divergência em relação ao ressarcimento aos cofres públicos. Com resultado parcial de dois votos a um, o julgamento do recurso teve que ser adiado para coleta de votos de mais outros dois desembargadores.
Na complementação do julgamento, após sustentação da Procuradoria de Justiça com atuação na Câmara julgadora, o desembargador José Acir deu o voto que confirmou a condenação dos réus.
A decisão é definitiva no âmbito da Justiça Estadual, mas cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).