Por gabriela.mattos
Espuma na Lagoa assustou os cariocas nesta sexta-feiraMárcio Mercante / Agência O Dia

Rio - Uma grossa camada de espuma cobriu nesta sexta-feira parte das águas da Lagoa Rodrigo de Freitas. O material ficou concentrado no deque usado nas provas de remo da Olimpíada, na região conhecida como Baixo Bebê, e chamou a atenção de quem passava. Apesar da aparência preocupante, não há confirmação de que o aparecimento seja por poluição.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a espuma foi causada pela presença de fitoplâncton, seres vivos aquáticos microscópicos, nas águas. O tipo de organismo, a Cianobactéria pico planctônica, não apresenta riscos à saúde.

O biólogo Mário Moscatelli explica que o fenômeno ocorre periodicamente nos mares e lagoas, normalmente em dias de ventania. O vento vai levando a matéria orgânica presente na água e, ao bater em um obstáculo, como o deque de remo, gera-se a espuma.

“A questão é: de que origem é a espuma? Pode ser do fitoplâncton sim. O material orgânico pode ter várias origens: pode ser de esgoto ou da natureza”, declarou Mário Moscatelli.

O biólogo afirma que a espuma, por si só, não é sinal de preocupação — a grande questão da Lagoa é ainda receber lançamento de esgoto.

“Quando se compara a Lagoa do início do século 21 com a Lagoa de hoje, ela está muito menos poluída. Nesses 16 anos, a situação melhorou, tanto que não morrem peixes há muito tempo. Mas a Lagoa continua recebendo esgoto, o que é uma questão não resolvida”, afirmou.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Meio Ambiente comunicou que o monitoramento ambiental no local apontou que “o ôxigênio dissolvido na Lagoa, que é responsável pela preservação da vida aquática, está em boa concentração, garantindo equilíbrio do meio ambiente”.

?Reportagem da estagiária Alessandra Monnerat

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