Ações para combater mosquito da dengue e da zika devem se intensificar. Rio já tem 60% mais casos suspeitos
Por gabriela.mattos
Rio - O verão nem chegou, mas o calor intenso e as chuvas já acendem o alerta máximo para a prevenção de dengue, zika e chikungunya. O acúmulo de água, aonde o Aedes aegypti se reproduz, e a alta temperatura, que acelera a evolução do mosquito, fazem com que a eclosão de ovos se multiplique, mesmo na primavera.
A incidência de casos também reforça a necessidade de combater o principal vetor das três doenças. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, foram registrados 78.868 suspeitas de dengue de 1º de janeiro a 11 de outubro deste ano, com 13 mortes em todo o estado.
Na capital, foram 24.960 casos, 10 mil a mais que no mesmo período de 2015 — um aumento de quase 60%. Neste mesmo intervalo de tempo, a zika matou três pessoas e foi suspeita em 65.393 pessoas. Já a chikungunya vitimou quatro e foi suspeita em 14.601.
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As piscinas do América Futebol Clube, na Tijuca, e da Universidade Gama Filho, em Piedade, são preocupação antiga dos moradores. Já em dezembro de 2015, O DIA noticiava o abandono dos locais, que acumulam água parada e muita sujeira. O América, na Rua Campos Sales, tem três piscinas, mas os funcionários do local não esvaziam os tanques. A sede está fechada há dois anos. Já o campus da universidade está desativado há quase três anos.
A Secretaria municipal de Meio Ambiente garante que não há focos de dengue nas piscinas. A pasta faz o combate quinzenal de proliferação de mosquitos: no América, a última visita foi dia 27 de outubro, e na Gama Filho, no dia 24. Peixes barrigudinhos, que se alimentam das larvas do Aedes, são usados como controle biológico. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o período de calor já aumentou a luta contra o Aedes e que a ação é permanente, com ações de rotina o ano inteiro, mas não divulgou o número de agentes destacados no combate.