Por clarissa.sardenberg
Rio - O ex-governador Sérgio Cabral e outras seis pessoas foram denunciadas nesta sexta-feira, em Curitiba, na Operação Lava Jato. Adriana Ancelmo e executivos da empreiteira Andrade Gutierrez estão na lista. As denúncias têm base no pagamento de propinas envolvendo contrato da da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Comperj, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão. Cabral está preso na sede da PF, em Curitiba. 
O Ministério Público Federal (MPF) quer o ressarcimento da estatal em R$ 2,7 milhões. O juiz Sérgio Moro e outros responsáveis pela operação devem deliberar se aceitam ou não a denúncia. Em caso afirmativo, todos viram réus.
Cabral em sua chegada à PF de Curitiba Reprodução RPC TV

Segundo a denúncia, em 2008, foi celebrado um contrato um contrato no valor de R$ 819,8 milhões, contendo cinco "aditivos", o que fez seu valor subir para R$ 1.179.845.319,30.

"Os denunciados Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, Wilson Carlos e Carlos Miranda receberam a vantagem indevida, a qual foi paga em 3 (três) parcelas, a primeira, no dia 18 de outubro de 2008 e, as demais, possivelmente, nos dias 03 de março de 2009 (SP), 10 de março de 2009 (SP), 12 de janeiro de 2009 (RJ) e 14 de janeiro de 2009 (RJ). Em consequência da promessa e da vantagem indevida oferecida, e, posteriormente, paga, Paulo Roberto Costa, em relação a licitações e contratos celebrados pela Andrade Guiterrez com a Petrobras", diz o texto da denúncia.

O casal Cabral e Adriana Ancelmo é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O mesmo ocorre com Wilson Carlos (secretário do governo do Rio durante a gestão de Cabral) e a mulher Mônica Carvalho, Carlos Emanuel Miranda (sócio do ex-governador). Já os ex-executivos da Andrade Gutierrez Rogério Nora e Clóvis Primo, são denunciados por corrupção ativa.

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Transferência para Curitiba 
Por ordem do juiz Marcelo Bretas,Cabral foi transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no último dia 10. Ele foi preso no dia 17 de novembro. A transferência ocorreu após denúncia do MPRJ de que o ex-governador estava sendo privilegiado com visitas de amigos e parentes.
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Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), "todas as visitas de familiares do ex-governador Sérgio Cabral foram previamente cadastradas e tiveram as carteirinhas de visitantes expedidas conforme normas desta secretaria".