Por gabriela.mattos
Rio - O desdobramento da Operação Lava Jato que ontem revelou mais detalhes sobre o esquema de lavagem de dinheiro de Sérgio Cabral e incriminou Eike Batista não deve impactar a votação do pacote de austeridade que será enviado pelo Palácio Guanabara à Assembleia Legislativa. Líderes de bancadas dizem que é “mais do mesmo”. Sustentam o discurso do presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), de que esta é a única alternativa para o estado. O governo dá como certo o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14% e a privatização da Cedae. Resta saber se a pressão das ruas influenciará, na última hora, a posição dos deputados.
Sangue novo
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O prefeito Marcelo Crivella (PRB) nomeará seu filho, Marcelo Hodge Crivella, para a Casa Civil, pasta responsável pela articulação política do governo.
Malas prontas
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Crivella, o filho, planeja sua mudança de Londres para o Brasil. Anteontem, assistiu ao jogo da seleção no Engenhão ao lado de Isaías Zavarize, assessor-chefe do prefeito, e de Margareth Cabral, chefe de gabinete. A nomeação deve ser publicada já em fevereiro.
‘Ão’ e ‘inho’
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Em novembro, o Informe afirmou que dois ex-assessores de Cabral estavam em maus lençóis. Um conhecido por um aumentativo; outro, por um diminutivo. O do aumentativo foi preso ontem. Sérgio Castro de Oliveira, o Sergião, apontado como operador financeiro do esquema. Conheceu Cabral jogando vôlei na Praia de Copacabana e, corpulento, chegou a defender o ex-governador durante o princípio de brigas físicas.
Longe de Pezão
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O que é conhecido por um diminutivo foi exonerado por Pezão do gabinete do governo em dezembro. À época, o Palácio Guanabara não soube informar se ele seria realocado em outro cargo de confiança. Pesquisa no Portal da Transparência mostra que, concursado, ele tem recebido salário correspondente à sua atribuição técnica em outra secretaria.
Mutirão da saúde
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A prefeitura começa amanhã a promover mutirões aos fins de semana para reduzir a fila de cirurgias. Oito hospitais da rede serão encarregados da tarefa aos sábados, e seis aos domingos. Secretário de Saúde, Carlos Eduardo diz que hoje sete mil pacientes aguardam na fila do Sisreg e que o mutirão não afetará o funcionamento dos hospitais durante a semana.
Quase na mosca
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Há exatamente uma semana, a coluna informou que políticos do Rio estavam receosos com a possível proximidade de nova operação da Polícia Federal. Tinham motivo.