Rio - Mesmo sem estar incluída na área endêmica, Nova Iguaçu começa nesta quinta-feira a vacinar contra a febre amarela, como medida de prevenção. Moradores dos bairros localizados na zona da mata e próximos a áreas rurais de serão os primeiros a receberem a imunização, que será feita por agendamento. Equipes da Saúde da Família (ACS) visitarão as residências para cadastrar as famílias e marcar o dia para a vacinação no posto mais próximo. A expectativa é de que sejam imunizadas a população dos bairros de Vila de Cava, Austin, Miguel Couto, Rio D’Ouro, Tinguá, Jaceruba e Adrianópolis.
São João de Meriti e Duque de Caxias iniciaram a vacinação ontem. Hoje as doses vão chegar a moradores de Xerém e Taquara, em Caxias. A prioridade é imunizar a população atendida nos Espaços de Saúde da Família (ESF) nos bairros de Santa Rosa, Santo Antônio da Serra, Parque Eldorado, Jardim Olimpo e Taquara. Das 8h às 16h, também haverá vacinação no Colégio Presidente Vargas, na área rural de Xerém.
Ainda na Baixada Fluminense, Magé iniciou a vacinação na segunda-feira. O município recebeu 40 mil doses, nos 26 polos de vacinação distribuídos nos seis distritos. A decisão de antecipar a vacinação foi tomada após o registro de um macaco morto por febre amarela em Juiz de Fora, embora a cidade não faça divisa com Minas Gerais.
Comprovante de residência
No Norte Fluminense, diante do número excessivo de pessoas em busca da vacina, a Prefeitura de Macaé passou a exigir comprovante de residência na cidade para fornecer as doses. A mesma medida já havia sido tomada em Casimiro de Abreu, onde foram confirmados três casos da doença. Cerca de 135 mil pessoas já foram imunizadas em Macaé e a expectativa é que 200 mil pessoas tenham acesso às doses.
Campos dos Goytacazes, em apenas quatro dias de vacinação em massa, imunizou 61.975 pessoas contra a febre amarela. No total deste ano, segundo a Vigilância em Saúde, cerca de 100 mil doses da vacina já foram aplicadas. A expectativa é que dentro de quatro semanas 400 mil pessoas estejam vacinadas.
Mais dois micos mortos
O Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, no Rio, investiga a morte de dois micos-leões-dourados em Silva Jardim, na Baixada Litorânea. Os animais foram encontrados na manhã de terça-feira, próximos à BR-101. “Ainda não temos indícios de que estivessem contaminados com a febre amarela. A única informação que temos é que eles não tinham marcas de atropelamento. Vamos esperar o resultado dos exames”, afirmou Luís Paulo Ferraz, secretário executivo da Associação Mico-leão-dourado.
Os micos serão submetidos a testes iniciais contra raiva e depois, encaminhados para a Fiocruz, onde são realizados os exames para identificar a febre amarela. A preocupação é maior com os micos-leões-dourados porque eles são espécie em risco de extinção. Nos anos 1980, havia apenas 200 livres na natureza. Hoje, são cerca de 3.200, espalhados em oito municípios.