Rio - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, tinha conhecimento das propinas concedidas aos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e inclusive mediava conflitos. Estas afirmações foram feitas pelo ex-presidente do TCE, Jonas Lopes, em sua delação premiada. Na última quarta-feira, o presidente do TCE-RJ, Aloysio Neves, e os conselheiros José Gomes Graciosa, Domingos Brazão, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco foram presos na operação da Polícia Federal, Quinto de Ouro.
Segundo Lopes,Pezão não só sabia como também participou de uma reunião, realizada em sua própria casa, em 2013, com o então ex-presidente do TCE e conselheiros. Nela, Jonas Lopes acusou Hudson Braga, que está preso desde novembro em Bangu 8, mesma cadeia que Cabral, de não repassar a propina. O então vice-governador teria acalmado os ânimos de conselheiros que discutiam sobre valores recebidos nas propinas. Após esta reunião, os pagamentos ilícitos começaram a ser feitos regularmente. As informações sobre divulgadas pelo RJTV coom base em depoimento do Ministério Público Federal (MPF), em fevereiro deste ano.
Um outro encontro com Jonas Lopes, segundo sua delação, ocorreu em 2015, dentro do Palácio Guanabara, quando Pezão já era governador do estado. Nesta ocasião, Affonso Monnerat, secretário de governo, foi "nomeado" como interlocutor do governo junto ao TCE sobre os repasses de propina.
Ao DIA, a assessoria do governador disse que ele desconhece o teor das investigações e não vai comentar trechos de supostas delações vazadas à imprensa.