Por gabriela.mattos

Brasília - O governo do presidente Michel Temer vai homenagear Sérgio Moro. Ministro da Defesa, Raul Jungmann decidiu conceder a Ordem do Mérito Militar ao juiz federal responsável pela Operação Lava Jato. Com isso, Moro passará a fazer parte, com o grau de Oficial, do Corpo de Graduados Especiais da Ordem do Mérito Militar.

Citado na Lava Jato, Temer deverá participar da cerimônia, que vai ocorrer amanhã, às 10h, no Quartel-General do Exército, em Brasília — a agenda oficial do presidente só será divulgada hoje. Caso vá ao evento, o próprio Temer entregará a medalha a Moro. “Não há qualquer constrangimento. O presidente não é réu na Lava Jato e já declarou apoio à operação. Provavelmente vai prestigiar a solenidade, como fez nos anos anteriores”, disse um interlocutor ao Informe.

Doria e Luciano Huck

A Ordem do Mérito Militar foi criada em 1934, no governo de Getúlio Vargas, para premiar militares e civis “que tenham se tornado credores de homenagem especial do Exército Brasileiro”. Amanhã, 98 pessoas serão agraciadas com a honraria. Entre elas, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e Luciano Huck. Moro e o apresentador de televisão já confirmaram presença na solenidade, que marca a comemoração do Dia do Exército.

Critério

Perguntado sobre o critério utilizado pelo ministro Raul Jungmann para premiar os notáveis aqui citados, o Exército responde: “Moro foi cabo no Tiro de Guerra da cidade de Maringá, no Paraná. Mantendo, a partir de então, os laços de amizade e cooperação. (...) Ao condecorá-lo, o Exército Brasileiro presta homenagem ao magistrado por sua atuação como juiz federal”.

Critério 2

Com relação a Doria, diz que ele “vem prestando relevantes serviços à comunidade paulistana e ao Exército em suas atividades empresariais e à frente do município de São Paulo”.

Critério 3

Já Luciano Huck será homenageado porque “produziu e apresentou, em seu programa Caldeirão do Huck, duas matérias sobre o trabalho dos militares brasileiros no Haiti, divulgando as atividades desenvolvidas pelo nosso soldado naquele país amigo, em prol de sua necessitada população”.

Desafetos: a ex e o ex

Em 2015, durante a cerimônia, a ex-presidente Dilma Rousseff teve que entregar a honraria a um desafeto: o hoje ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

‘Eleição ilegítima’

A Justiça Eleitoral em Araruama determinou novas eleições para a prefeitura. Cabem recursos ao TRE-RJ e ao TSE.

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