Rio - O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, falou nesta quinta-feira, após uma reunião com moradores da Pavuna, na Zona Norte, sobre a decisão da Justiça de diminuir a multa pelo não cumprimento da determinação de climatizar 100% da frota de ônibus da cidade. Segundo ele, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público na gestão de Eduardo Paes não era possível de cumprir e um novo acordo está em discussão. Crivella garantiu que "enquanto não tiver ar condicionado, não tem aumento".
"Não houve um estudo prévio, não houve um argumento de engenharia de tráfego e de custos para a gente viabilizar aquilo que foi combinado. É preciso fazer um novo acordo e nós vamos fazer. Já estamos com uma empresa especializada, temos também os técnicos da prefeitura, estamos conversando com a Rio Ônibus, e com a Justiça para fazermos uma previsão que se cumpra", disse.
"A população está triste porque só metade dos ônibus tem ar-condicionado, mas está alegre porque o prefeito não deu aumento na passagem de ônibus, que continua R$ 3,80 quando aumentou em todo o Brasil (...) E não subiu porque nossa frota ainda está com muito quentão, e o povo quer frescão."
O prefeito do Rio também comentou sobre a ciclovia Tim Maia, em São Conrado, que amanhã completa um ano da tragédia que matou duas pessoas. A Justiça determinou que ela permaneça fechada por tempo indeterminado por falta de segurança após o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ) recomendar reparos.
"Foi uma obra que custou muito dinheiro e é uma obra que trouxe uma grande tragédia e desalento ao Rio, tendo em vista o desabamento. A Justiça determinou ao Crea que fizesse um laudo, e nesse laudo eles determinaram que ela deve permanecer fechada. E é isso que nós estamos obedecendo. Vamos conversar com eles para a gente fazer um reforço. A população do Rio de Janeiro gastou uma fortuna nesta obra e infelizmente ela foi mal feita. Vamos consertar e abrir novamente para o povo.
Reunião com moradores da Pavuna
O prefeito se reuniu nesta manhã com lideranças comunitárias e moradores da Pavuna, na Zona Norte, para apresentar um projeto que tenta minimizar os principais problemas da população local: a falta de segurança e as inundações dos rios Pavuna e Acari. Crivella disse que pretende fazer uma parceria com empresários para trazer ao bairro o projeto Segurança Presente, que existe na Lapa, Lagoa, Aterro, Centro e no Méier.
"Queremos trazer para cá a mesma segurança que tem no Aterro, na Lagoa, no Centro, queremos que tenha também o Pavuna Presente. Hoje, infelizmente, a Pavuna é a campeã no roubo de carga no Brasil. Isso vai mudar. Estamos estudando, queremos que funcione e seja como em outros bairros", falou.
Crivella também quer tirar do papel uma antiga reivindicação dos moradores que é o shopping center da Pavuna, além de urbanizar a parte central do bairro. Foi a terceira vez que o prefeito esteve na região e apresentou o projeto para acabar com os alagamentos.
"Nós nos reunimos há dois meses e as pessoas reclamaram das inundações dos rios Acari e Pavuna. Fizemos um projeto dentro dos recursos que nós dispúnhamos, nesta época difícil de finanças da prefeitura. Trouxemos aqui o projeto, discutimos com toda a comunidade, aprimoramos o projeto, fizemos então o detalhamento dele e marcamos esta reunião para lançarmos a licitação. O edital é para a canalização da Rua Comendador Guerra. São 420 metros de ciclovia, calçada, urbanização, mais 600 metros de canalização que vamos fazer imediatamente. Em 90 dias, no máximo, vamos estar com isso aqui pronto", prometeu.
Reportagem do estagiário Rafael Nascimento