Por gabriela.mattos

Rio - A Guarda Municipal do Rio de Janeiro vai participar da ação das Forças Armadas de combate à violência e ao crime organizado. O anúncio foi feito no início da tarde desta segunda-feira pelo ministro da Defesa Raul Jungmann, após reunião com o prefeito Marcelo Crivella e o secretário municipal de Ordem Pública, coronel Paulo César Amêndola, que será o representante da ação dentro do Centro de Comando e Controle (CICC). "A Guarda conhece a realidade da cidade, então tem condições de nos ajudar a combater o crime organizado, dentro das diretrizes da prefeitura", disse Jungmann.

O ministro da Defesa%2C Raul Jungmann%2C anunciou reforço das Forças Armadas na semana passadaReprodução TV Globo

Jungmann destacou que o posicionamento dos tanques em locais públicos — como na Praça Mauá, no Largo do Machado e na Carioca — é "motivo de aplausos e alegria" para a população. "O que assusta é a bandidagem, que, inclusive, se retraiu. Mas a população não se assustou e está em festa", reforçou.

Sobre a segunda etapa a ação das Forças Armadas no Rio, o ministro reafirmou que as ações não serão divulgadas com antecedência. "Não vamos divulgar e passar para os nossos adversários onde vamos golpeá-los. Por isso, as operações serão sempre desenvolvidas levando em conta o elemento surpresa", completou.

Reunião do ministro da Defesa com o Prefeito do RioRafael Nascimento / Agência O Dia

Polícia sobrecarregada

O coronel Amêndola informou que a guarda vai ocupar alguns trechos da cidade de forma ostensiva e "liberar a PM para uma atuação mais repressiva, tirando a sobrecarga da polícia para que ela possa fazer o seu trabalho".

Segundo o prefeito Marcelo Crivella, a Guarda Municipal vai atuar no combate ao varejo do roubo de carga, ao roubo de celular, aos arrastões na praia.

Sensação de segurança

Para o ministro da Defesa, os moradores estão se sentindo mais seguros, principalmente nos locais estratégicos escolhidos. "Nós estamos com dez mil homens e, evidentemente, eles estão em todos os lugares. O Rio está coberto em todas as suas vias, não quer dizer que a Zona Sul foi privilegiada e as outras não. Privilegiamos tudo. Não descartamos a hipótese de estender essa operação em uma segunda, terceira ou quarta fase em todo o estado ou outras regiões. Nesse primeiro momento, o objetivo dessa ação foi reconhecer o Rio e dar uma sensação de segurança e conforto para população e reduzir a criminalidade. Reduzir os arsenais, atacar e coibir as rotas de tráfico também", explicou Jungmann.

O prefeito Marcelo Crivella destacou que, desde a chegada das Forças Armadas, já houve uma diminuição nos índices de roubos de carga no Rio. "Tivemos várias reuniões desde o começo do ano e estamos todos unidos a favor da segurança. Já caiu o número de roube de cargas e quero mandar uma mensagem: o nosso entorno (do município) está sendo vigiado o tempo todo e também as áreas de acesso, portos e aeroportos, pela Marinha e Aeronáutica. A Polícia Civil e a Guarda Municipal, com os seus 8 mil homens, estão a disposição e estamos decididos a diminuir a violência no Rio", disse.

Reportagem do estagiário Rafael Nascimento, com supervisão de Gabriela Mattos

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